sábado, julho 06, 2013

Agora, só precisam de aprender a dar valor ao que têm

Fico fascinado com estes relatos de um Portugal que longe do caminho mais percorrido, longe dos holofotes, longe das promoções das operadoras de comunicações móveis e das cervejeiras, teima em resistir:

E a verdade é que com a chegada da troika, com o consequente enfraquecimento da força da drenagem desertificadora do interior para as grandes cidades, com o progresso de Mongo e das suas tribos que procuram autenticidade, o pior já passou para o interior.
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Ouso especular que agora só precisam de ter orgulho e dizer bem da sua terra, ninguém quer ir viver para uma terra com má publicidade, gerada pelos seus próprios autarcas como força de pressão perante Lisboa. Agora, só precisam de aprender a dar valor ao que têm e a não tentar copiar os modelos do litoral.
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O futuro, não é a uniformização, o futuro é a diversidade e a adequação à realidade próxima.

Os verdadeiros alfaiates de máquinas, os originais!

Enquanto o país que passa nos media passou uma semana a destruir valor, o resto do país, o das pessoas anónimas, continua a trabalhar.
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Recordo aquele conselho deste blogue já com anos e anos: façam o by-pass ao Estado, façam o by-pass ao país.
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Como sintoma e sinal dessa realidade, ontem, recebi um e-mail que transpirava optimismo e uma pontinha de orgulho:
"Quero mostrar-lhe o visual do quadro de comando  da máquina que vai para o México.
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Uma coisa é certa,  quem olha para isso saberá a marca da máquina!"

A Maquinol é uma empresa pequena mas não é uma pequena empresa. Faz parte do grupo de empresas que conheço pessoalmente e que demonstram bem aquela máxima:
"A paixão numa empresa é inversamente proporcional à sua dimensão"
Pode ser uma empresa pequena mas não lhes faltam ideias para novos modelos de negócio e, para novidades nas suas máquinas.
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Uma empresa pequena; contudo, ainda na última feira onde estiveram presentes, na Alemanha, apresentaram uma solução que nenhuma multinacional se lembrou.
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Uma empresa pequena; contudo, ainda na tal última feira, às tantas tinham uma cliente da Malásia, com uma máquina com 14 anos, espontaneamente a explicar o funcionamento e as vantagens da máquina a dois potenciais clientes.

BTW, estes é que são os verdadeiros alfaiates de máquinas, os originais!

sexta-feira, julho 05, 2013

Curiosidade do dia


Igreja-matriz de Vila Nova de Foz Côa.
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Lembrei-me logo da Sagrada Família em Barcelona.

Segmentação com base no comportamento

"The idea that clusters of customers can be targeted based on certain similarities is nothing new. Typically, firms segment customers on the basis of demographics: age, gender, geographic location, and so forth. The problem with this is that demography is not destiny; people who share a demographic profile often don’t behave in the same way, don’t have the same needs, and won’t share the same perceptions of value.
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The upshot is that an entrepreneurial mindset calls for insight into the people in the target segment’s behavior rather than settling for the same old segments everyone else uses. Ideally, you not only discover a new segment, but can actually carve this segment out of conventional ones by resegmenting.
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Can you identify a significant subset of customers whose behavior and motivations are not well served by companies using conventional segmentation approaches? Finding them involves discovering two things: First, what is different about the needs of this subsegment that is reflected in behavioral differences, and second, how can you respond in such a way that your offering is more compelling than those of competitors?"
Trechos retirados de "The Entrepreneurial Mindset" de Rita McGrath e Ian MacMillan.

Mais um exemplo da gente anónima

Interessante exemplo do trabalho que a gente anónima deste país anda a fazer "Empresa portuguesa mobila Medina de Casablanca":
"Criada há 22 anos em Albergaria-a-Velha, a Larus prevê fechar este ano com 55% da facturação no estrangeiro – contra a actual quota de exportação de 40%. Presente em Espanha, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Angola, França, Roménia e Marrocos, é no Norte de África, no centro da Europa e nos Emirados Árabes que antevê registar as maiores taxas de crescimento em 2013."

Há tantas possibilidades de combinação

Depois de ler "Storefront: The Airbnb of Retail" fiquei logo a pensar que se trata de um viveiro de modelos de negócio para novas abordagens ao retalho físico do futuro... há tantas possibilidades de combinação.
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A ideia de que tudo pode ser alugado ou partilhado, não é necessário possuir.
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A ideia da crescente popularidade da efemeridade.
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Alugar espaço e/ou alugar pessoas e/ou gerir eventos e/ou combinar diferentes tipos de oferta e/ou...
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BTW, para quem acha que o retalho físico está condenado, ou seja, para quem não conhece a batota:
"Offline, there are certain attributes that aren't online. It's a tactile experience -- "I can feel the clothes, the furniture" -- that increases trust with the brand or with the maker. Second, there's a conversation -- "I can meet the person who made this and understand their concept with the business." It really becomes more about the experience offline."

A curva de Stobachoff

Para recordar a curva de Stobachoff, para recordar o custo de perder um cliente, para recordar o custo de conquistar um cliente, esta interessante reflexão de Don Peppers "Are Your Biggest Customers Your Biggest Losers?"

Repetit, repetir, repetir

"What I realized, however, is the need for a relentless, consistent repetition of the message.
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CONTINUALLY AND CONSISTENTLY REPEAT THE MESSAGE is a mechanism for COMPETENCE.
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Repeat the same message day after day, meeting after meeting, event after event. Sounds redundant, repetitive, and boring. But what's the alternative? Changing the message? That results in confusion and a lack of direction. I didn't realized the degree to which old habits die hard, even when people are emotionally on board with the change.
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They hear and they think what you mean, but they don't. They've never had a picture of what you are talking about. They can't see in their imagination how it works. They are not being intentionaly deceitful, they just are not picturing what you are picturing."
Isto tem tudo a ver com a mensagem de "A ilusão da comunicação (parte II)"
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Trechos retirados de "Turn the Ship Around" de David Marquet.

Outro exemplo de espiral recessiva

"Preço de venda de casas sobe pela primeira vez desde o verão de 2010"

quinta-feira, julho 04, 2013

Curiosidade do dia

Ontem durante o jogging do final da tarde, enquanto caminhava para atender uma chamada entretanto recebida, deparo com um belo exemplar de Upupa epops (poupa) mesmo ali à minha frente a 5 ou 6 metros de distância:

Quem são os clientes-alvo da sua empresa? Conhece-os?

"A Steinway grand piano can sell for well over $100,000. There are two types of buyers for the pianos, both of whom can be counted on in good times and bad.
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First, says Ursaner, the very rich. “He may have a private plane, he may have an estate. If he has an estate, he may very well have, or desire to have, a Steinway piano in his home.”
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Then there are professional musicians. Ursaner says the company sells 2,500 pianos, globally, a year. And it’s looking to expand, especially into places like in China."
Quem são os clientes-alvo da sua empresa? Conhece-os?
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Trecho retirado de "Baby, it's grand: The piano business"

Mongo continua a surpreender-me

"The marriage between medicine and technology has produced yet another miracle solution: 3-D-printing bone scaffolds and layering them with 3-D-printed stem cells (the first printing of which was announced last February). After three months--poof, the scaffold degrades, leaving a new stem cell-grown bone to replace defects."
Trecho retirado de "How 3-D-Printing Bones Is Just The Start Of Repairing Your Own Body"

A espiral recessiva continua a acentuar-se

"Mercado automóvel cresce 15,5% em Junho de 2013":
"No acumulado do primeiro semestre o crescimento foi de 1,9%."
A espiral recessiva continua a acentuar-se.
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"Insolvências de empresas caem pela primeira vez no primeiro semestre" no Público de dia 1 de Julho:
"Tribunais declararam 3112 negócios falidos entre Janeiro e Junho, o que representou uma redução de 8,6% face a 2012.
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No entanto, a queda agora registada não tem precedentes. Trata-se, aliás, do primeiro recuo desde que há registos oficiais. Os dados disponibilizados pelo Ministério da Justiça, que remontam a 1998 (altura em que não existia ainda o conceito de insolvência, que só foi adoptado em 2004), mostram que os processos relativos a pessoas colectivas têm sempre vindo a aumentar ao longo dos anos. "
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BTW, "Global manufacturing picks up speed"

Da realidade actual ao futuro desejado e, depois, o que fazer para conseguir a transição

O dia de ontem foi dedicado a um exercício interessante:
As observações no terreno traduziram-se em cerca de 40 post-it rosa (descrições de situações negativas observadas).
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Uma reflexão sobre o porquê das situações negativas permitiu identificar hipóteses sobre as suas causas em post-it amarelo.
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E que realidade queremos ver no futuro? Qual o ponto de chegada pretendido? Traduzida em post-it laranja.
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Então, que acções devemos levar a cabo para eliminar as causas da realidade actual observada e criar a realidade futura desejada? Descritas em post-it verde.

YES!


Imagem retirada daqui.
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Só faltam 11 vitórias para bater Merckx.

Treta

Como é que se faz numa empresa quando aparecem regras deste tipo "PS propõe que PPP acima de 100 milhões passem pelo Parlamento"?
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Aprendi-o com Tom Peters em "A Paixão pela Excelência", lido talvez em 1989.
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Subitamente, começam a crescer as PPP de 100 milhões menos 1 euro.

quarta-feira, julho 03, 2013

Curiosidade do dia


Ir ao supermercado imprimir umas peças

"UK grocery store chain Tesco is sending its researchers to Silicon Valley on a fact-finding mission to discover the feasibility of bring 3D printing to their stores. Potential uses under consideration are printing gifts, toys or even having a catalogue of spare parts for other products sold in the store, so people could print them on demand.
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 The potential for 3D technology to revolutionize the way we view stores and what we can get from them is vast"
Trecho retirado de "Supermarket giant aims to be the first to introduce the futuristic technology."

Não será mais fácil optar pela via negativa?

Parece que cada vez mais pessoas despertam para o papel da gestão, da idiossincrasia, na distribuição de produtividades e no desempenho intra-sectorial. Desta vez temos "Choque de gestão":
"Este estudo sugere-nos que os problemas estruturais que enfrentamos atualmente na economia portuguesa (e também na brasileira) são acompanhados por um défice na qualidade da gestão. A crise atual não é apenas política. Empresários, gestores e académicos fazem parte da realidade que as ruas denunciam. É preciso humildade para reconhecermos esta realidade sem desculpas; é preciso determinação para fazermos as mudanças que são necessárias; é preciso criatividade para inovarmos nas práticas de gestão (podemos sempre copiar os americanos, mas este é o momento em que o mundo está ávido por novos modelos). É preciso um choque de gestão!"
Apetece perguntar, será que pretende intervir nas empresas? Será que pretende uma intervenção top (Estado) - down (empresas)?
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Não será mais fácil deixar a concorrência intervir e decidir? Não será mais fácil optar pela via negativa e deixar os clientes premiar quem entendam? Não será mais fácil e barato acabar com os casos-tipo Senhor dos Perdões?

Co-produção em Mongo

Uns amigos açorianos indicaram-me este artigo sobre Mongo, a co-produção e a co-criação, "In London, customers design and print fashion items live in-store":
"YrStore is a pop-up store that sells garments designed and printed by the customers themselves.
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The idea is the brainchild of the team behind YrWall – the digital graffiti platform that is employed in the new store as a way to create designs to print. The store features a number of booths, where visitors can digitally draw, arrange or manipulate existing images to cover a blank t-shirt. The platform features pre-programmed elements and designs by renowned artists, or users can bring along their own designs to upload onto the system. Once they’ve finalized their design, customers can watch their t-shirt get printed live in the store.
A minha t-shirt é diferente!
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BTW, acham que as t-shirts em branco são feitas na China, para durarem meia-dúzia de vezes?