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terça-feira, maio 28, 2013

Curiosidade do dia



Impressionante, para quem viveu os anos 80 do século passado:
"Sony has made money making Hollywood movies and selling music. That profitable part of the business is what Daniel S. Loeb, an American investor and manager of the hedge fund Third Point, wants Sony to spin off to raise cash to resuscitate its electronics business.
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But as Mr. Loeb pressures Sony executives to do more to revive the company’s ailing electronics arm, some analysts are asking, Why bother?
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Sony, it is suggested, might be better off just selling insurance.
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Or just making movies and music. But not electronics.
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A new report from the investment banking firm Jefferies delivered a harsh assessment of Sony’s electronics business. “Electronics is its Achilles’ heel and, in our view, it is worth zero,” wrote Atul Goyal, consumer technology analyst for Jefferies, in the report, released this week.
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“In our view, it needs to exit most electronics markets.”"

Trecho retirado de "Sony’s Bread and Butter? It’s Not Electronics"

sábado, março 09, 2013

Uma estratégia depende sempre do contexto e os presidentes que se eternizam

A propósito de "Strategy, Context, and the Decline of Sony":
"Sometimes it's useful to be reminded that a great strategy is only great in context. From the early 1980s and into the 90s, Sony's was great.
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 why is the strategy that once served Sony so well now failing so badly? It's not as if its cameras now take fuzzy pictures or its boom boxes fall apart after three months. And the market for consumer electronics is larger than it's ever been.
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This suggests a more fundamental explanation: consumers today care more about the experience, but Sony is still focused on the product. It's gotten trapped by its own past success. In the early 80s, simply delivering technology in a usable form was still the biggest challenge, and Sony got it right before anyone else. It had an astonishing ability to find the next technical hurdle—a brighter TV, a smaller tape player, an integrated camcorder—and leap over it with grace, before its competitors even thought to try. In an industrial, product-oriented economy, this was enough. Every year saw new products with unprecedented capabilities. As long as it could do something new, we didn't seem to care what kind of experience we had using it.
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In the experience economy, these expectations are reversed. Technology is a given, and the question of "what are the specs?" has been replaced by "what is it like to use?" Sony's expertise at making the next great thing has been matched by companies like Samsung and LG, and soon enough, they'll all be caught by increasingly sophisticated Chinese manufacturers. Without modifying its business model, Sony has been left behind by a world that's changed its relationship with technology.
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What's tragic is that Sony still has all the resources to execute well on a new strategy.
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There's nothing magic about innovation, just as there's nothing magic about technology. Both are hard work, but as Sony has shown, all the hard work in the world won't matter if you're working toward a strategy that was framed for an another era."
Enquanto fazia o corte e colagem para este postal, veio-me à mente um nome... Reis Campos. E, depois, outro ainda: Zapatero...
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Ontem, a propósito dos milhões que este governo vai torrar na reabilitação urbana (recordar que só Lisboa tem 15% das suas casas vazias), o que, BTW, demonstra que PPC afinal está já a pensar nas próximas eleições, ouvi na rádio umas palavras de circunstância de Reis Campos (Presidente da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas) e, pensei, ainda é presidente dessa associação!!! Há quantos anos lá está? Em 2008 já tinha sido re-eleito para o cargo com este discurso:
"o Presidente agora reeleito disse acreditar que em 2008 “se verifique um crescimento positivo da produção, provavelmente acima dos 2,5%, dando assim início a uma nova etapa para o sector e para o país”.

Para que tal aconteça, porém, será necessário que o Estado seja capaz de criar as condições necessárias a um novo ciclo de crescimento, sem o que a iniciativa privada não se assumirá como motor de desenvolvimento.

Defendendo a importância do planeamento, do estabelecimento de prazos e objectivos, bem como do seu cumprimento, o Presidente da AICCOPN recordou que para o período de 2008-2017 o Governo anunciou investimentos em infra-estruturas de base que totalizam quarenta mil milhões de euros, mas mostrou-se preocupado por nos primeiros quatro meses deste ano pouco ou nada ter avançado em matéria de obras públicas.

Considerando que os investimentos “tardam a sair do papel e sem eles é impossível a retoma do Sector e o regresso do país ao caminho da convergência com os países mais avançados da União Europeia”, defendeu no seu discurso de posse que “para o país voltar a crescer de forma sustentada precisa de uma nova dinâmica no sector da construção”.
O mundo mudou... e as ideias de Reis Campos também mudaram?
Não tenho nada de pessoal contra Reis Campos, basta recordar o que escrevi sobre Zapatero ali em cima.
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Recordar esta reflexão "Um pouco de história" e esta outra "Uma estratégia nunca é eterna"

quinta-feira, maio 03, 2012

Aprender com os erros dos outros

Uma teoria interessante para explicar o trajecto recente da Sony:
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"consumers today care more about the experience, but Sony is still focused on the product. (Moi ici: Qual é o nosso conselho aqui no blogue? Perguntar quais são as experiências procuradas e valorizadas pelos clientes-alvo?)  It's gotten trapped by its own past success.  (Moi ici: Aprender a desaprender é tão difícil...)  In the early 80s, simply delivering technology in a usable form was still the biggest challenge, and Sony got it right before anyone else.
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"In the experience economy, these expectations are reversed. Technology is a given, and the question of "what are the specs?" has been replaced by "what is it like to use?" Sony's expertise at making the next great thing has been matched by companies like Samsung and LG, and soon enough, they'll all be caught by increasingly sophisticated Chinese manufacturers. Without modifying its business model, Sony has been left behind by a world that's changed its relationship with technology."  (Moi ici: Tal como as empresas portuguesas que não se adaptaram e não se adaptam às sucessivas mudanças do mundo: adesão à CEE; entrada no euro; entrada da China na OMC; fim do crédito fácil; fim(?) das "borlas" do Estado)
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"What's missing is the strategic vision to emphasize the delivery of powerful and resonant user experiences. Mr. Hirai acknowledged several times the need for the company to change, but the goals he stated were still hardware focused: sell this many smartphones, that many camcorders. The user is still missing in this equation, as is a sense of what Sony stands for, and what its vision is for an integrated experience. For Sony, it may be too late.
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Every industry has its Sony, still trying to get ahead by solving a problem that's already been solved." (Moi ici: Excelente metáfora... quantas empresas continuam que mais qualidade, ou seja, menos defeitos, é a chave para o sucesso no século XXI... já foi, já está lá atrás. Hoje, há n concorrentes capazes do mesmo desempenho ao nível dos atributos, das especificações... a diferença só pode vir da experiência!)
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E a sua empresa, que tempo e atenção dedica à criação de experiências de uso? Ainda está focada na criação de produtos, coisas que se podem copiar facilmente?
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segunda-feira, abril 23, 2012

Carvalho da Silva 1 - MBAs 0 (parte II)

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Sem criatividade, sem irreverência, sem concentração na co-criação de valor, resta a ortodoxia do corte dos custos, como se poupar fosse o mesmo que ganhar.
"Mr. Stringer’s Industrial strategy was to be obsessive about costs. Where Mr. Morita’s meetings were 85% about innovation and market application, Mr. Stringer brought a “modern” MBA approach to the Sony business, where numbers – especially financial projections – came first. The leadership, and management, at Sony became a model of MBA training post-1960. Focus on a narrow product set to increase volume, eschew costly development of new technologies in favor of seeking high-volume manufacturing of someone else’s technology, reduce product introductions in order to extend product life, tooling amortization and run lengths, and constantly look for new ways to cut costs. Be zealous about cost cutting, and reward it in meetings and with bonuses."
A Sony não fez a transição que refiro neste postal "A minha transição", a proposta de valor de uma empresa do campeonato da Sony, nos tempos que correm, não pode ser o preço mais baixo, não pode ser o volume.
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Relativamente ao trecho que se segue, recordar "Não é impunemente que se diz mal"
"After 4 years of losses, and entrenched Industrial strategy with MBA-style leadership focused on “numbers” rather than markets, there is no reason to think the trajectory of sales or profits will change any time soon.
As an employee, facing ongoing layoffs why would you wish to work at Sony? A “me too” product strategy with little technical innovation that puts all attention on cost reduction would not be a fun place. And offers little promotional growth.
And for suppliers, it is assured that each and every meeting will be about how to lower price – over, and over, and over."
Atenção, não sou parvo a ponto de defender que todo o corte de custos é mau. O que digo é que, para a maioria das empresas, o corte de custos não chega, é preciso ganhar dinheiro. Ás vezes, para criar o futuro, é preciso cortar com o passado, cortar com os incumbentes dentro de cada empresa, para canalizar recursos para alimentar o futuro.
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Trechos retirados de "Sayonara Sony: How Industrial, MBA-Style Leadership Killed a Once Great Company"

terça-feira, junho 26, 2007

Crescer até ser ultrapassado

Num mercado aberto, numa economia livre, as grandes empresas crescem até que são superadas pelas pequeninas empresas de outrora.

Como nos relata o jornal Público de hoje "Nintendo ultrapassa Sony pela primeira vez em valor de mercado", para quem, como eu, tinha cerca de 20 anos nos anos 80 do século passado, a marca Sony significava qualidade, inovação, tecnologia,...

Ao ler o artigo, assinado por Hélder Beja, houve uma ideia que me surpreendeu:

"Os analistas ouvidos pela agência Reuters consideram que estes resultados espelham a aposta da Nintendo no mercado dos videojogos, que se prepara para liderar nos próximos tempos. Mas alertam também para os riscos subjacentes ao investimento em companhias como a Nintendo, que não produzem bens de primeira necessidade.

A Nintendo "é uma daquelas empresas que não estão propriamente a produzir necessidades diárias", disse à agência londrina um analista da Mizuho Securities, Takeshi Koyama. De acordo com o analista, "este é um factor negativo" que os investidores devem considerar e acrescenta que "é preciso cuidado" quando se negoceia com acções como as da empresa nipónica."

Esta ideia surpreende-me porque a nossa economia mundial é cada vez mais assente em bens que não são de primeira necessidade.

Afinal o que é um bem de primeira necessidade? Ainda ontem li algures que os jovens consideram o telemovel mais "cool" que o sexo.

Será que o hi5 ou o second life são de segunda, ou terceira necessidade?