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quinta-feira, julho 03, 2014

A chegar ao mainstream

Há anos que escrevemos sobre isto aqui no blogue, o reshoring, o nearshoring.
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Em "Rebalancing your sourcing strategy" pode ler-se:
"After years of large-scale outsourcing and offshoring, a number of onshoring initiatives in both the manufacturing and service industries have left many executives wondering if a major trend reversal is occurring.
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The answer, according to our analysis, is simply that many leading companies now have a broader set of options when they source. To do that optimally, they define bundles of activities that should be sourced consistently and select the best option for each bundle: offshoring, nearshoring (locations in neighboring countries), farmshoring (lower-cost locations in the company’s home country), or onshoring. Today, sourcing strategy focuses increasingly on value-creating factors that go beyond labor costs, which was the primary driver of sourcing in the past."

quinta-feira, junho 05, 2014

E a sua empresa, está a aproveitar este regresso?

Um fenómeno que se previu neste blogue, quando a globalização ainda não era assunto em Lisboa, o retorno dos clientes B2B perdidos para a Ásia, não por causa do preço mas por causa de outros factores:
"Intriguingly, the study also indicates that cost factors are no longer the key consideration for many companies deciding where to locate their manufacturing. The leading factors driving companies to manufacture in the U.S. include a growing desire to locate their manufacturing near their customers so they can respond quickly and efficiently to customer needs and drive growth, while simultaneously de-risking the supply-chain. A corporate strategist for one manufacturer told us: “It’s tough to get the same quality level and cycle time to serve your customers if your supplier networks are far away.” At the same time, these companies are continuing to invest in manufacturing outside the U.S., particularly in emerging markets, for many of the same reasons."
E a sua empresa, está a aproveitar este regresso? Está a vender minutos de trabalho apenas, ou algo mais? Está a promover o potencial que os seus clientes podem retirar do factor interacção? Está a promover o potencial da co-criação?
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Isto não é conversa da treta num blogue, para passar tempo. Isto é dinheiro que é deixado em cima da mesa!!!

Trecho retirado de "The Rebirth of U.S. Manufacturing: Myth or Reality?"

quinta-feira, janeiro 30, 2014

Curiosidade do dia

"Reino Unido activa la reidustrialización: la enseña Rapanui traslada su producción de India"
"La compañía, fundada en 2008 por los hermanos Rob y Martin Drake-Knight, continuará comprando el algodón en India, pero traerá a Reino Unido la confección, además de la estampación y los acabados."
Turn, turn, turn

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Espero que este tempo promissor não seja desperdiçado

Em "A nova vida dos têxteis-lar portugueses", publicada pelo semanário Expresso no passado fim de semana, pode ler-se:
"Há uma "onda positiva" a puxar pelos têxteis-lar portugueses, dizem os empresários do sector, animados com o crescimento próximo dos 9% nas exportações em 2013. "O clima é positivo e as perspetivas para 2014 apontam para um ano ainda melhor", confirma Paulo Vaz, diretor-geral da ATP — Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, apontando o facto de "muitas empresas estarem a arriscar novos investimentos como um indicador de confiança na recuperação do mercado".
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O novo quadro de otimismo resulta da conjugação de vários fatores: desde a retoma do consumo nos principais mercados, a recuperação nos Estados Unidos, velho cliente dos têxteis-lar portugueses e, em especial, das suas flanelas, a evolução da oferta nacional ao nível do design, (Moi ici: À atenção dos novos já velhos)  qualidade, inovação, serviços e logística, passando pela necessidade de reposição dos stocks que foram desaparecendo nos últimos anos, o esforço das pequenas empresas do sector para conquistar novos clientes e o regresso de outros, "desencantados com os fornecedores do Oriente". Isto acontece após uma década difícil, (Moi ici: Onde estavam e o que diziam os adeptos da espiral recessiva enquanto isto acontecia?) durante a qual os têxteis-lar portugueses perderam empresas, postos de trabalho e 37% do seu volume de exportações."
Numa coluna, o artigo apresenta números interessantes:

  • Entre 2004 e agora perderam-se cerca de 400 empresas. 1070 é o número actual;
  • Entre 2004 e agora perderam-se quase 7000 postos de trabalho. 9535 é o número actual;
  • Entre 2004 e 2012 as exportações caíram 29%. 524,8 milhões de euros foi o número de 2012
Mais à frente ainda se pode ler:
"Neste momento, já falta capacidade de produção a Portugal, cada vez mais a afirma-se como o motor têxtil da Europa"
Ao ler a referência à Mundotêxtil, o maior fabricante de felpos da Europa, lembrei-me logo de Vizela e desta visão inicial arrepiante "Informação vs sentido".
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A morte é a única coisa definitiva. Tudo o resto é gerido por ciclos (apetece voltar ao velho Eclesiastes e ao "Turn, turn, turn").
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Vários fenómenos misturados, não referidos no texto, explicam, em minha opinião, esta evolução promissora:

  • o design (factor referido no texto);
  • o aumento do custo da mão de obra na Ásia;
  • a necessidade de maior proximidade entre a produção e a inovação, design, moda;
Era bom que este tempo promissor, fosse aproveitado não para crescer à boleia fácil da conjuntura mas para fazer reformas estruturais baseadas em opções estratégicas, sob pena de não se capturarem margens que vão ficar em cima da mesa e/ou esfumar-se por entre as areias movediças do stuck-in-the-middle. Nunca me esqueço: as encomendas mais importantes são as que rejeitamos.

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Curiosidade do dia

"Specifically, 33.6% of respondents stated that they are "considering" bringing manufacturing back to the U.S. while only 15.3% of U.S. companies stated that they are "definitively" planning to re-shore activities to the U.S.
...
To understand the reasons for the change in manufacturing footprint, we asked companies to identify the drivers of this decision. As you can see in the list below, the top reason to move manufacturing back to the U.S. is to cut Time-to-Market. Cost Reduction and Product Quality are not far below.
The top six decision drivers for companies to re-shore are:
1. Time-to-Market (73.7%)
2. Cost Reductions (63.9%)
3. Product Quality (62.2%)
4. More Control (56.8%)
5. Hidden Supply Chain Management Costs (51.4%)
6. Protect IP (48.5%)"

Trecho retirado de "U.S. Re-Shoring: A Turning Point"

BTW,

"we are in the middle of a transformation from a global manufacturing strategy, where the focus is on low cost countries, to a more regional strategy, where China is for China, U.S. (or Mexico and Latin America) is for the Americas and Eastern Europe is for European markets.
This trend has picked up pace in the last few years not only because of job losses in the U.S., but also because the economics that made off-shoring attractive in the first place have changed for the following reasons:
  • oil price;
  • labor costs;
  • automation;
  • risk"

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Quanto será devido ao reshoring?

Interessante, "China Begins to Lose Edge as World's Factory Floor", para acompanhar as movimentações em curso.
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Para além da deslocalização da China para o Vietnam, Laos e ...
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Para além das subidas do investimento directo estrangeiro na Tailândia e Indonésia ...
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Quanto será devido ao reshoring?

domingo, janeiro 13, 2013

Os suspeitos do costume

O Público no seu sítio aderiu à moda do momento e resolveu publicar a opinião de personalidades sobre a reindustrialização.
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Há anos que penso que a reindustrialização já está em curso neste país e no Ocidente. E está a ser alavancada pelas novas tecnologias, pelo advento de Mongo, pelo triunfo do "Estranhistão", e pela ascensão da classe média e a sociedade consumista na China, tudo a partir das bases, sem orientação de nenhum guru ou governo.
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Agora, os políticos europeus resolveram aproveitar a boleia da reindustrialização e a corrente está a ter alguma atenção.
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Ao abrir o sítio do Público "Visões sobre a industrialização", olhei para as várias caras e escolhi uma das que desconhecia (sim, confesso, sou um ignorante). E a que escolhi afinal chama-se José Rui Felizardo.
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Quem é José Rui Felizardo?
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O texto começa com a resposta a essa questão:
"Presidente da Inteli e da comissão executiva do Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel (CEIIA)"
Inteli?
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Eu conheço essa gente!
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Por mais anos que passem, nunca vou esquecer a "encomenda" entregue pela Inteli que relatei neste postal "O meu baú de tesouros deprimentes (parte II)".
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Esta gente que em 2007 defendia que era possível um novo modelo de desenvolvimento assente em bens e serviços não transaccionáveis vem agora, como se não houvesse memória saltar para a carruagem da moda:
"Um plano de reindustrialização do país deverá ter como ambição fazer evoluir Portugal para um país produtor e exportador de tecnologia associada a produtos transaccionáveis de elevado valor acrescentado."
Imagino o que estejam a pensar quando dizem:
"O projecto de reindustrialização do país não pode ser um projecto de um ministro, mas do país. Esta estratégia necessita da intervenção dos pólos de competitividade, clusters, empresas, universidades, parceiros sociais, entre outros actores."
Estão a pensar nos "suspeitos do costume" para a recepção de benesses, apoios, subsídios, pins...
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O que esta gente não percebe é que quanto mais distantes do Estado, quanto mais abandonados e desprezados pelo Estado foram os sectores económicos, durante a primeira década do século XXI, mais dinâmicos e saudáveis estão esses sectores agora.
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A indústria em Mongo vai ser assim.

sexta-feira, setembro 28, 2012

Uma oportunidade e os mitos

O que ouvimos e lemos, ao longo de mais de uma década, de políticos, de académicos e de taxistas acerca dos trabalhadores escravos na China.
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Decididamente acreditar em tendências longas é para tolos, decididamente não acreditar no pensamento sistémico, na dinâmica dos sistemas, na previsão de que o futuro é sempre diferente do presente traz dissabores a quem o faz.
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Decididamente acreditar em histórias simplificadoras da realidade, a preto e branco, com bons e maus, não dá!
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Não é a primeira vez que este tipo de mensagem aparece aqui no blogue:
Que oportunidade para uma re-industrialização cá no burgo.
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Entretanto, neste jogo de relações e interacções:

sexta-feira, outubro 21, 2011

Recordar Lawrence... nada está escrito (parte XII)

Todos os dias lemos artigos que alertam para a mudança da maré:
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"Why China May Lose Manufacturing Jobs to the US"
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Já leram ou ouviram algo acerca disto nos media tradicionais?
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Quando é que a narrativa do "regresso dos clientes" começará a dominar o mainestream?