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domingo, dezembro 28, 2008
A ingenuidade humana (á inglesa)
Há dias a minha amiga Teresa, em comentário a um postal, escreveu uma frase que atribuiu a Francis Bacon: "Não acredito em nada. Eu sou um optimista"
.
Mal li a frase veio-me logo à mente esta outra: "The world can only be grasped by action, not by contemplation." (Jacob Bronowski)
.
Hoje ao procurá-la neste blogue, por que já a usei, encontrei mais estas que já não recordava:
.
“… the way people make most decisions has little to do with logic, and a lot to do with using simple rules and learning by trial and error. In particular, people try to recognize patterns in the world and use them to predict what might come next.”
…
“… people tend to hold a number of hypotheses in their heads at once, and to act on whichever seems to be making the most sense at the time.”
…
Agora vem uma citação que parece retirada de Karl Weick: “One of the best ways to go about a task, anything from putting up some shelves to finding a job, is often to just get started, even if you have no clear idea of the best way to proceed. You try something, then you learn and adapt. “The world,” as Jacob Bronowski once put it, “can only be grasped by action, not by contemplation.” Following this way of thinking, Arthur replaced rationality with a view of people as acting on the basis of simple theories, while adapting along the way.”
…
“… we’re adaptive rule followers, rather than rational automatons. But the model is surprisingly realistic.”
.
“We are alive today because our ancestors had hardwired into their behavior a set of simple rules for making decisions that gave pretty good results – enough for their survival – but have little to do with rational calculation.” (“Inductive Reasoning and Bounded Rationality (The El Farol Problem), por W. Brian Arthur.)
.
Tudo isto se conjuga com a mensagem que retiro deste artigo de opinião de Jorge Fiel no DN de hoje "Prever é conduzir com olhos vendados" algo na linha da minha diatribe contra as vistas curtas dos modelos dos macro-economistas (eles são bons, muito bons mesmo, a documentar o que se passou e o que está a ocorrer, como aqui Isto dá quer pensar ... , mas porque só trabalham com modelos hard (Martelar modelos "hard" para explicar a realidade (parte II) ) só podem prever o pior, porque não podem incorporar a ingenuidade (à inglesa) humana.
.
E os governos com a sua gestão de expectativas também não ajudam, porque deixam de ser uma referência para informação e passam a ser vistos como centros de propaganda.
.
Assim, o que espero para 2009 é que a ingenuidade humana de pessoas anónimas "You try something, then you learn and adapt", um pouco à Mao "Que mil flores floresçam", ajudem a melhorar o panorama, apesar dos planos quinquenais soviéticos e do Grande Planeador.
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Mal li a frase veio-me logo à mente esta outra: "The world can only be grasped by action, not by contemplation." (Jacob Bronowski)
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Hoje ao procurá-la neste blogue, por que já a usei, encontrei mais estas que já não recordava:
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“… the way people make most decisions has little to do with logic, and a lot to do with using simple rules and learning by trial and error. In particular, people try to recognize patterns in the world and use them to predict what might come next.”
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“… people tend to hold a number of hypotheses in their heads at once, and to act on whichever seems to be making the most sense at the time.”
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Agora vem uma citação que parece retirada de Karl Weick: “One of the best ways to go about a task, anything from putting up some shelves to finding a job, is often to just get started, even if you have no clear idea of the best way to proceed. You try something, then you learn and adapt. “The world,” as Jacob Bronowski once put it, “can only be grasped by action, not by contemplation.” Following this way of thinking, Arthur replaced rationality with a view of people as acting on the basis of simple theories, while adapting along the way.”
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“… we’re adaptive rule followers, rather than rational automatons. But the model is surprisingly realistic.”
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“We are alive today because our ancestors had hardwired into their behavior a set of simple rules for making decisions that gave pretty good results – enough for their survival – but have little to do with rational calculation.” (“Inductive Reasoning and Bounded Rationality (The El Farol Problem), por W. Brian Arthur.)
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Tudo isto se conjuga com a mensagem que retiro deste artigo de opinião de Jorge Fiel no DN de hoje "Prever é conduzir com olhos vendados" algo na linha da minha diatribe contra as vistas curtas dos modelos dos macro-economistas (eles são bons, muito bons mesmo, a documentar o que se passou e o que está a ocorrer, como aqui Isto dá quer pensar ... , mas porque só trabalham com modelos hard (Martelar modelos "hard" para explicar a realidade (parte II) ) só podem prever o pior, porque não podem incorporar a ingenuidade (à inglesa) humana.
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E os governos com a sua gestão de expectativas também não ajudam, porque deixam de ser uma referência para informação e passam a ser vistos como centros de propaganda.
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Assim, o que espero para 2009 é que a ingenuidade humana de pessoas anónimas "You try something, then you learn and adapt", um pouco à Mao "Que mil flores floresçam", ajudem a melhorar o panorama, apesar dos planos quinquenais soviéticos e do Grande Planeador.
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segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Mais uma ode à "human ingenuity"
Sou um fã inveterado de trabalhar com desafios com critérios de sucesso claros, transparentes e inequívocos.
No entanto, não deixo de recordar Deming.
Deming tinha receio do uso de metas, por causa do medo.
Um dos 14 pontos de Deming é "Elimine o medo do ambiente de trabalho para que todos possam trabalhar de forma efectiva para a empresa"
Quando o medo impera, e quando o sistema existente não é capaz de cumprir as metas exigentes que lhe foram impostas... a natureza humana cria pequenas maravilhas.
Neste postal contámos a história do armazém cornucópia.
Foi com um misto de incredulidade e compreensão, que descobri esta pérola:
Imaginem que um hospital tem de cumprir o objectivo de tratar os pacientes admitidos dentro do prazo máximo de 4 horas após a admissão.
Imaginem que o hospital não tem condições para cumprir a meta. O que fazer?
Podemos estar a falar de prémios, ou de subsídios, ou de multas por incumprimento...
O que fazer?
Não permitir a entrega e a admissão dos doentes, mantê-los nas ambulâncias até que existam condições para cumprir a meta! Afinal o tempo só começa a contar com a entrada noo hospital!
Genial!
Pedro Arroja diria "Típico dos países latinos católicos meridionais"
Só que... isto passa-se na anglo-saxónica Inglaterra "Scandal of patients left for hours outside A&E":
"Hospitals were last night accused of keeping thousands of seriously ill patients in ambulance 'holding patterns' outside accident and emergency units to meet a government pledge that all patients are treated within four hours of admission.
Those affected by 'patient stacking' include people with broken limbs or those suffering fits or breathing problems. An Observer investigation has also found that some wait for up to five hours in ambulances because A&E units have refused to admit them until they can guarantee to treat them within the time limit. Apart from the danger posed to patients, the detaining of ambulances means vehicles and trained crew are not available to answer new 999 calls because they are being kept on hospital sites."
Católicos ou protestantes não interessa "A bad system can make a genius look like an idiot "
Há um deputado que exclama, qual vestal horrorizada "Norman Lamb, the Liberal Democrats' health spokesman, said the accusations represented 'a scandalous distortion of practice to meet a target that is meant to improve the service'."
De que vale impôr metas de melhoria se não se muda o sistema? O João já aprendeu a lição!
No entanto, não deixo de recordar Deming.
Deming tinha receio do uso de metas, por causa do medo.
Um dos 14 pontos de Deming é "Elimine o medo do ambiente de trabalho para que todos possam trabalhar de forma efectiva para a empresa"
Quando o medo impera, e quando o sistema existente não é capaz de cumprir as metas exigentes que lhe foram impostas... a natureza humana cria pequenas maravilhas.
Neste postal contámos a história do armazém cornucópia.
Foi com um misto de incredulidade e compreensão, que descobri esta pérola:
Imaginem que um hospital tem de cumprir o objectivo de tratar os pacientes admitidos dentro do prazo máximo de 4 horas após a admissão.
Imaginem que o hospital não tem condições para cumprir a meta. O que fazer?
Podemos estar a falar de prémios, ou de subsídios, ou de multas por incumprimento...
O que fazer?
Não permitir a entrega e a admissão dos doentes, mantê-los nas ambulâncias até que existam condições para cumprir a meta! Afinal o tempo só começa a contar com a entrada noo hospital!
Genial!
Pedro Arroja diria "Típico dos países latinos católicos meridionais"
Só que... isto passa-se na anglo-saxónica Inglaterra "Scandal of patients left for hours outside A&E":
"Hospitals were last night accused of keeping thousands of seriously ill patients in ambulance 'holding patterns' outside accident and emergency units to meet a government pledge that all patients are treated within four hours of admission.
Those affected by 'patient stacking' include people with broken limbs or those suffering fits or breathing problems. An Observer investigation has also found that some wait for up to five hours in ambulances because A&E units have refused to admit them until they can guarantee to treat them within the time limit. Apart from the danger posed to patients, the detaining of ambulances means vehicles and trained crew are not available to answer new 999 calls because they are being kept on hospital sites."
Católicos ou protestantes não interessa "A bad system can make a genius look like an idiot "
Há um deputado que exclama, qual vestal horrorizada "Norman Lamb, the Liberal Democrats' health spokesman, said the accusations represented 'a scandalous distortion of practice to meet a target that is meant to improve the service'."
De que vale impôr metas de melhoria se não se muda o sistema? O João já aprendeu a lição!
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