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sábado, abril 09, 2016

Algum media tradicional em Portugal?

Há dias em "Campeões nacionais" referi este texto  "China faces struggle to recast steel workers for service sector".
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Foi dele que me lembrei ao ler o último parágrafo de "No, thank you":
"Located near busy Cardiff and Swansea, Port Talbot’s 4,300 workers are luckier than those in other declining industrial towns around Britain. But finding jobs in Cardiff’s thriving business-services sector, for example, will be difficult for former steelworkers. The government will need to spend serious money retraining them, helping them into new employment and improving transport links to big cities. Spending to keep the plant itself in business would just prolong the inevitable."
Algum media tradicional em Portugal, a começar pelos so-called jornais económicos, seria capaz de fazer um título e um artigo como este?
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Um artigo a defender que não se deve salvar um sector económico.
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Ainda me recordo de um texto de 1989 de Spender, convido à leitura sobre a cereja em "Apesar das boas intenções".
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BTW, aplicar o pensamento da cereja aos sectores do leite e da suinicultura.

quinta-feira, março 31, 2016

Os campeões nacionais

"In the late 1990s Chinese premier Zhu Rongji presided over a radical dismantling of the moribund state-owned industrial sector, throwing 30m state workers out of their cradle-to-grave “iron rice bowl” jobs. In some industries, the state factories have been entirely replaced by private companies but in heavy industry the state groups that survived the 1990s were consolidated and flooded with cash to create national champions.
Those sectors are now once again burdened with debt, non-productive assets and extreme excess capacity and current premier Li Keqiang is evoking memories of the 1990s to tackle it. Removing some of that excess capacity raises the spectre of another wave of mass unemployment, but China’s much larger economy means the impact may not be as profound."
Trecho retirado de "China faces struggle to recast steel workers for service sector"

quarta-feira, junho 25, 2008

Ainda sobre os campeões escondidos

Alguns tópicos a recordar:
  • inovação vs gestão;
  • eficácia vs eficiência;
  • propriedade familiar vs propriedade dispersa;
  • longo prazo vs curto prazo;
Na sequência da leitura de "Famílias empresariais", assinado por Rui Alpalhão no Jornal de Negócios de hoje.

segunda-feira, junho 23, 2008

Os campeões escondidos

No último mês tenho reflectido e escrito e sobre os campeões escondidos, basta consultar a série Relações.
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Assim, foi com um conforto especial que li este artigo de Francesco Alberoni "Quem produz riqueza" no Diário Económico de hoje.
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"Há todo um mundo de artesãos, de técnicos, de pequenos empresários optimistas, geniais e activos, que não ficam à espera de subsídios do Estado e que utilizam tecnologias inovadoras e trabalham incansavelmente.
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Estudam, fazem experiências, testam e voltam a testar até ao infinito."
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"Agora, é a vez daqueles que, inventando novos produtos, novos materiais e novos serviços, conseguem conquistar nichos de mercado em sectores de alta tecnologia, derrotar europeus e americanos nos bens de consumo de luxo e até enfrentar chineses e indianos com uma elevadíssima qualidade e uma invenção contínua.
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Nunca os verão na televisão, pois o pequeno ecrã está diariamente ocupado por políticos, por apresentadores, por personagens das páginas policiais, por cómicos e por imitadores. Também não se fala neles nos jornais porque estes só se ocupam da alta finança. A Universidade ignora-os. .
São os anónimos: os investigadores ocultos que descobrem as coisas que são úteis e necessárias, os produtores obscuros que as fabricam e vendem. E que, sem que ninguém se aperceba disso, fazem funcionar e progredir o país."
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Gotcha!!!

segunda-feira, junho 09, 2008

domingo, junho 08, 2008

Os campeões escondidos

Falamos aqui sobre os campeões escondidos e sobre a necessidade de um país os ter.
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Há anos que acompanho a cruzada de Nicolau Santos, em vários orgãos de comunicação, para promover notícias positivas sobre a economia portuguesa.
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No Caderno de Economia do Expresso deste fim-de-semana lá aparece mais uma: "A nossa selecção para ganhar o campeonato do futuro", onde lista 24 empresas modernas, dinâmicas, inovadoras e globais.
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Sem desrespeitar nenhuma das 24 empresas listadas, preferia que Nicolau Santos salientasse, como a revista Time há uns anos, o You. As muitas pequenas empresas anónimas, escondidas que podem ser campeãs na sua actividade. Só estas terão massa crítica para fazer a diferença.

domingo, maio 25, 2008

Relações 5/5

No Jornal de Notícias de hoje "Exportações têxteis continuam a ser superiores às importações", assinado por Ana Paula Lima.
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"O poder de regeneração do têxtil é forte. É um sector que está bem enraizado, tem tecnologia e é especializado. Se sozinho conseguiu chegar até aqui, agora imagine o que aconteceria se tivesse tido o amparo que merecia da parte do Estado"
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Duvido que tivesse ido longe. Só a necessidade aguça o engenho. O que é preciso é que não atrapalhe´, que não complique.
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Continuado daqui.
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Quantas destas empresas têxteis que estão a dar a volta aparecem nos jornais e nas televisões?
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Quantas das empresas de calçado e de mobiliário de que escrevemos aqui, aparecem nos media, são conhecidas, viajam nas comitivas governamentais, frequentam os corredores e carpetes do poder?
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Com quem é que o ministro Pinho aparece nas televisões? A quem é que se dirigem os PIN's? A quem é que se dirigem as benesses fiscais para que as empresas se estabeleçam em Portugal?
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Vejamos o que diz Tom Peters aqui sobre as grandes empresas, sobre as empresas cotadas em bolsa e que aparecem nos noticiários económicos:
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"Now, in an audio interview with the FT Management Blog, he says their focus on the largest beasts was a “guru gaffe” that helped to create a lingering misconception that the global economy is merely a division of General Electric.
These days, the companies that get him excited tend to be small- to medium-sized enterprises operating in dull industries: companies like Jim’s Group, an Australian franchiser whose activities range from lawn mowing to dog washing, or members of the German Mittelstand."
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Assim, como corolário de todas estas relações da figura:
Concluo que o país precisa de campeões!
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Mas o que eu entendo por campeões nacionais é muito diferente do que o mainstream entende. Para mim campeões são PME's que parecem invisíveis, que ninguém conhece, que não aparecem nos jornais, e que são bons numa coisa, muito bons mesmo, e em vez de andarem por aí a puxar o lustro dos gabinetes ministeriais, andam a fazer pela vida, incógnitos, visitando e expondo em feiras, desenvolvendo e afinando produtos e estratégias.
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Campeões nacionais também não são as empresas reféns da bolsa, basta atentar no exemplo recente da Martifer (a Martifer durante anos pôde fazer o seu percurso lentamente, pôde fazer as suas opções estratégicas com os resultados que se conhecem, a partir do momento em que entrou na bolsa a sua gestão é pressionada a apresentar crescimento, crescimento, crescimento. Ora volume is vanity, profit is sanity. É impressionante, é mesmo a receita de "The Innovator's Solution", agora, para satisfazer as casas de investimento a empresa vai-se concentrar cada vez mais naqueles projectos que podem promover taxas de crescimento mais elevadas, ou seja, tornou-se um incumbente. O que cria oportunidades para a motivação assimétrica que há-de alimentrar a entrada de pequenas empresas que lhes vão atacar os clientes menos rentáveis para o negócio... disruption, disruption, here we go).
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Campeões nacionais são empresas pequenas, invisíveis para os media e grande público mas que:
  • olham para o negócio à la longue (não estão pressionadas por relatórios trimestrais);
  • estão concentradas em ser líderes de mercado no que fazem (não querem, não aspiram a ser líderes de mercado em facturação);
  • estão concentradas nos clientes-alvo, procuram a sua satisfação e lealdade;
  • estão concentradas na rentabilidade, não nas taxas de crescimento;
  • não estão no mercado do preço-baixo (volume), estão no mercado do valor, da diferenciação;
  • têm uma visão estratégica das parcerias de longa duração, com os seus fornecedores, com os seus trabalhadores e com os seus clientes;
Estes campeões esquecidos e muitas vezes mal vistos:
"Unfortunately, across Europe there remains a post-Socialist reflex to quash entrepreneurial spirit rather than to praise the contribution that energetic businesspeople make to a nation's growth and employment. This attitude is changing, but slowly. Hidden champions show how important it is for Europe, which too often perpetuates mediocrity, to instead celebrate and support excellence."
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Isto é o que precisamos "Hidden Champions The little-known European companies that are conquering the world " mais do que gigantes sanguessugas, nacionais ou multinacionais, que à custa do negócio do preço e das relações privilegiadas com o poder vão perpetuando um modelo de desenvolvimento que vai fazendo o país definhar.
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Algumas lições aqui