Mostrar mensagens com a etiqueta consequências do euro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta consequências do euro. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Ainda a propósito de quelques moutons noirs

"Help Ireland or it will exit euro, economist warns"
.
O artigo de Evans-Pritchard surge na sequência deste postal onde escrevi:
.
"Mais tarde ou mais cedo alguns governos/políticos vão sentir uma formidável tentação de abandonar o euro, não por que o queiram, não por que faça parte da sua cartilha política mas por que não terão coragem para tomar as decisões que a permanência no euro acarretaria."
.
No entanto, o pormenor que mais me choca no artigo é o escancarar de uma mentalidade completamente diferente, oposta até, daquela que deve ser vivida, deve ser defendida e deve ser explicada aos actores económicos de um país com uma moeda forte.
.
Não é de ânimo leve, não é de forma leviana que acredito que quando um país adere ao euro os seus habitantes, os seus actores económicos e políticos têm de passar a comportar-se como alemães.
.
Quem não se comporta economicamente como a Alemanha só vê uma forma de sobreviver:
.

"The only way we can win this war is by becoming, once again, an export country. We can do what we are doing now, which is to reduce our wages, throw more people on the dole and suffer a long contraction. The other model is what the British are doing. Britain is letting sterling fall so that the problem becomes someone else's. But we, of course, have ruled this out by our euro membership."
.
Esta foi a política seguida por Portugal até ao final da década de 80 do século passado, crawling peg, a descida lenta mas constante do valor de uma moeda.
.
Pessoalmente acho este tipo de política um tipo de batota negativa que premeia indiferenciadamente todos os actores económicos de um país, sobretudo os que não evoluem, sobretudo os que não se diferenciam, sobretudo os que não têm pensamento estratégico. Assim, como consequência, os gestores acabam por se refugiar no mais fácil, na boleia da desvalorização progressiva da moeda, tornam-se competitivos pelo preço sem mexer uma palha na empresa, sem queimar as pestanas para reduzir os custos. São um verdadeiro passageiro clandestino.
.
Claro que este tipo de política tem um grande motor a seu favor ... a entropia.

domingo, janeiro 18, 2009

Quelques moutons noirs

Mais tarde ou mais cedo alguns governos/políticos vão sentir uma formidável tentação de abandonar o euro, não por que o queiram, não por que faça parte da sua cartilha política mas por que não terão coragem para tomar as decisões que a permanência no euro acarretaria.
.
Por outro lado, vamos ter a pressão de outros países para que esses países, as ovelhas ranhosas, saiam do euro.
.
Por um lado a corrente francesa (se este texto tivesse sido escrito por um jornal inglês a polémica que seria, como foi pelo jornal Le Monde ... no passa nada):
.
Título em letras garrafais na primeira página do jornal Le Monde de ontem, 17 de Janeiro "Ces pays qui fragilisent la monnaie européenne":
.
"La zone euro risque-t-elle d’être affaiblie par quelques moutons noirs ?
.
La question est posée au lendemain de la décision de la Banque centrale européenne (BCE), jeudi 15 janvier, de baisser à nouveau son principal taux directeur.
.
Elle est posée alors que la plupart dês vingt-sept membres de l’Union européenne (UE), notamment les seize pays de la zone euro, accordent la priorité à la lutte contre la récession qui s’annonce. Ceux ci le font au détriment des règles de discipline budgétaire – les fameux critères de Maastricht – qui assurent la solidité de la monnaie unique européenne.
.
Mais tous les pays membres ne sont pas logés à la même enseigne. Si nombre d’Etats paraissent en mesure, dès le retour de la croissance, de rééquilibrer leurs comptes, ce n’est pas le cas pour quelques autres. Certains des seize pays de la zone euro se retrouvent dans un trou noir d’endettement d’où il ne sera pas facile de sortir.
.
C’est le cas de l’Espagne, de l’Irlande, du Portugal ou de la Grèce – à des degrés divers. Ce sont des pays qui ont, très largement, fondé leur croissance sur l’endettement et l’immobilier. Sous le double choc de l’éclatement de la bulle immobilière et de la récession, ils font face à d’énormes problèmes de financement de leur dette. La tension sur les taux des emprunts obligataires les pénalise, de même que les appréciations que les grandes agences de notation portent sur eux. .
.
Dans des pays comme l’Espagne et l’Irlande, « il aurait fallu casser la bulle immobilière en limitant l’accès au crédit », explique au Monde l’économiste Jean Pisani-Ferry, qui dirige le centre européen de recherches et d’études Bruegel. Mais, en Europe, poursuit-il, « la pression des pairs n’a pas joué, ou pas suffisamment ».
.
Le cas de la Grèce n’est pás moins préoccupant : « Sa dette publique est élevée, les investisseurs se montrent réticents à prêter à l’Etat grec, observe M. Pisani-Ferry. Il y a un risque d’aggravation pour le pays, et au-delà pour l’ensemble de la zone euro, dont l’arsenal ne comporte pas d’instrument pour gérer dês crises de ce type en son sein. » "
.
Engraçado ler isto num jornal francês, um país com uma tradição de orçamentos rigorosos e cumpridores da PEC.

Tantos títulos ...


Avalanche; Curto-prazismo; Desespero; Amaragem no Rio Hudson sem um comandante à moda antiga.
.
Já sei que Evans-Pritchard milita no partido anti-euro!
OK, posso descontar muito do que escreve sobre o euro. Neste blogue já expliquei o que penso das consequências da adesão ao euro: passamos a ter de ser alemães (a ter comportamento económico de alemães).
.
Agora o que não posso descontar são os factos. Neste artigo "Monetary union has left half of Europe trapped in depression" no Telegraph, já no seu final, encontrei algo de verdadeiramente alarmante:
.
"Greece no longer dares sell long bonds to fund its debt. It sold €2.5bn last week at short rates, mostly 3-months and 6-months. This is a dangerous game. It stores up "roll-over risk" for later in the year. "
.
This is madness!!! É uma avalanche on the making.
.
Adiar o day of reckoning por mais 3 meses, por mais 6 meses, para quando estiverem ainda mais enterrados.
.
Comandantes, heróis à moda antiga, falariam verdade aos seus cidadãos.
.
Acerca da amaragem no Hudson, os factos contados aqui e a opinião:
.
"And like a true captain, he was the last out of the plane and the last rescued. This is highly significant!
True leaders put themselves in danger to guide the people in their charge. They don’t run and hide.
They don’t feather their own beds while starving the ones who do the actual work. They don’t have golden parachutes!
They are the last out, not the first out. This is in very stark contrast to how the majority of our leaders operate today. "

quinta-feira, dezembro 11, 2008

O ponto (2ª parte)


O ponto é o nosso défice externo de 12% do PIB.
.
Pior do que nós no gráfico só a Grécia.
.
Com o fim do cash carry trade japonês (o dolar já vale menos de 93 yenes, há cerca de um ano valia mais de 114 yenes) e o esboroar da civilização assente no crédito fácil há que olhar com cuidado para a Grécia.
.
Portugal e a Grécia foram os irmãos siameses que ainda há quatro anos torraram e enterraram milhões de euros em estádios e orgulho nacional.
.
À cerca de 20 dias (a 20 de Novembro) chamei a atenção para a Grécia e para o caso grego apelidando-a de "canário" (o canário que era usado nas minas para detectar gases venenosos ou explosivos). A Grécia é a candeia que vai à frente, é o membro dos PIGS mais fraco, mais vulnerável (no final de Outubro, Ambrose Evans-Pritchard no artigo "Investors shun Greek debt as shipping crisis deepens" chamou a atenção para o PIGS mais fraco, a Grécia.)
.
Hoje, o mesmo Ambrose Evans-Pritchard faz a ligação que interessa, a relação com o euro "Greek fighting: the eurozone's weakest link starts to crack", pertencer ao euro, fazer parte do pelotão da frente não é só para a fotografia, não traz só vantagens... traz também deveres, mandamentos.
.
O primeiro mandamento é "Somos todos alemães!"
.
.
Evans-Pritchard relata o estertor de um modelo esgotado...
.
"That said, these riots are roughly what eurosceptics expected to see, at some point, at the periphery of the euro-zone as the slow-burn effects (excuse the pun) of Europe's monetary union begin to corrode the democratic legitimacy of governments." (eu sei que Evans-Pritchard é anti-moeda única, mas o que ele escreve é o que nós pensamos e defendemos neste espaço desde sempre, não se pode ter uma moeda forte e em simultâneo não querer disciplina no trabalho e pensamento estratégico, muito pensamento estratégico..., pois só a paciência e a orientação que ele traz é que permite alimentar a esperança e vencer os detractores durante a travessia do deserto, como aqui, por exemplo. By the way, a Alemanha não deu a volta por cima à absorção da ex-RDA? Foi rápido? Foi fácil? Foi a fazer o mesmo que sempre faziam?)
.
"Without wanting to rehearse all the pros and cons of euro membership yet again, or debate whether EMU is a "optimal currency area", there is obviously a problem for countries like Greece that were let into EMU for political reasons before their economies had been reformed enough to cope with the rigours of euro life - over the long run."
.
"Greece has a public debt of 93 per cent of GDP, well above the Maastricht limit. This did not matter in 2007 when bond spreads over German Bunds were around 26 basis points, meaning that investors were willing to treat all eurozone debt as more or less equivalent.
It matters now. The credit default swaps on Greek sovereign debt were trading around 250 today (compared to 52 for Germany, 62 for the US, 120 for the UK, and 178 for Italy). It has moved into a class of its own.
This is potentially dangerous because Greece needs to tap the capital markets for 40bn euros next year to roll over debt and fund the budget deficit, as well as 15bn euros or so in bond issuance by banks under the state's new guarantee. This is a lot of money.
The Greek government will need budgetary discipline to convince markets that it has matters under control. But governments facing riots and imminent defenestration are not good bets for fiscal discipline. There is a general strike in any case on Thursday."
.
"At some stage a major political party - perhaps PASOK - will start to reflect whether it can carry out its spending and economic revival plans under the constraints of a chronically over-valued currency (for Greek needs). Then there will be a problem."
.
Pois... já estão a ver o filme. De manhã ao acordar a surpresa na rádio (em Julho deste ano) ...
.
Agora, ao exemplo grego acrescentemos as nossas estórias cá do burgo:
.
Ontem, no Jornal de Negócios esta entrevista inexplicável, intolerável, ... "Corremos o risco de destruição das elites como no 25 de Abril", sintoma do apodrecimento do sistema? (Marcelo em Hamlet, 1º Acto, no final da cena 4)
.
Ontem, ainda no Jornal de Negócios, a crónica de Helena Garrido "Brincadeiras com o fogo":
.
"O fim do crédito fácil e barato está a fazer cair a classe média na sua realidade, um mundo menos próspero do que pensava, com menos casas e menos automóveis e menos férias. Ao mesmo tempo que lhe cai a realidade em cima, sem compreender, assiste ao desfilar de apoios aos bancos, aqueles que a convidaram a entrar naquela vida virtual que prometiam sem problemas.
...
Aquilo a que assistimos em Portugal – e também noutros países – revela uma falta de compreensão do papel de quem dirige quando estão pela frente tempos difíceis."
.
Os únicos que parecem manter a cabeça fria no sítio são...
.
.
.
.
.
.
... os alemães:
.
.
E se esta crise não passar de uma correcção, grande, mas uma correcção inevitável?
.
O melhor não é deixar o mercado corrigir o que está a mais, o que está sobredimensionado?
.
ADENDA das 7h59 . Imperdível a leitura deste artigo de Martin Wolf está lá tudo, desde o garrote do deboche do endividamento público e privado (eu gostava de escrever "after the" mas não, ele vai continuar) até aos alemães. (O original em inglês tem uns gráficos elucidativos)

terça-feira, julho 01, 2008

Está a começar o peditório...

"Estou plenamente convencido que a nossa economia não conseguirá fazer o profundo ajustamento que necessita, e que se traduz em aumentar drasticamente o peso da produção de bens transaccionáveis na produção total de bens, sem suspender a sua participação no euro."
.
João Ferreira do Amaral em "Vivam os irlandeses!" no Jornal de Negócios de hoje.
.
Agora imaginem... 6h30 da manhã, acordam, ligam o rádio e recebem de chofre a notícia, Portugal saíu do euro, todos euros que têm na mão continuam a ser euros aceites pelo BCE. Todos os depósitos, todas as dívidas em território nacional já foram convertidos em escudo-II... 1 euro já está a 1.35 escudo-II e com tendência para se agravar a diferença.
.
Cuidado com os depósitos em Espanha e Itália: "Itália e talvez a própria Espanha, sem falar da Grécia, poderão apresentar problemas semelhantes"
.
Há cerca de um mês levantei esta hipótese em casa de familiares e fui considerado um tótó...
.
Não sei se haverá alternativa, mas a acontecer será, também, um exemplo de abaixamento das expectativas... depois, com moeda própria, vamos voltar à boleia da desvalorização progressiva, tão querida a quem não quer investir na subida na cadeia de valor. Great...

terça-feira, junho 10, 2008

Também estava escrito nas estrelas.

«Vieram dos empresários as críticas mais violentas. Confrontados com a recessão económica que atingiu a Europa, em 1992-1993, e pouco vocacionados para apostar no aumento da produtividade, na inovação e na melhoria da qualidade dos produtos, e habituados a que o escudo fosse, de vez em quando, desvalorizado para colmatar as dificuldades de competitividade das empresas, não admitiam que essa possibilidade desaparecesse.
.
Em 25 de Setembro de 1992, num hotel do Porto, num jantar organizado por Eurico de Melo com um grupo de grandes empresários do Norte, bem me esforcei por explicar a importância da política de estabilidade cambial para o futuro da economia, mas tive pouco sucesso. Chegaram a acusar-me de querer destruir a indústria portuguesa, o que me incomodou e entristeceu. Quando, cerca da meia noite, recolhi ao quarto levava comigo um certo desânimo. Apoderaram-se de mim interrogações sobre se Portugal, com os empresários e os sindicalistas que tinha, conseguiria vencer o grande desafio da união monetária.»
.
(Cavaco Silva, Autobiografia Política II, p207)
.
É fácil culpar os chineses, e os especuladores...

sábado, abril 19, 2008

Prever o futuro

É impossível prever o futuro!
.
Mas podemos pensar nele. Mas podemos especular sobre ele.
.
Para quê?
.
Para nos preparar-mos para situações futuras. Para colocarmo-nos questões sobre o que fazer, sobre como nos precavermos, sobre como actuarmos na eventualidade dessas situações realmente ocorrerem.
.
Ainda ontem neste blogue comparei a situação portuguesa com a da Islândia (onde se espera que a breve trecho a inflação chegue aos dois dígitos).
.
Pois bem, através do blogue Portugal Contemporâneo tive conhecimento de um artigo da revista Forbes onde se prevê o fim do euro. Segundo o artigo, o euro não terá mais de 3 anos de vida.
.
É verdade que na base do artigo deve haver algum "wishful thinking" americano, mas o motivo para o fim do euro faz todo o sentido. Alemães de um lado a quererem preservar uma moeda forte com a inflação controlada, do outro lado, italianos e espanhoís, a quererem um euro mais fraco, por causa das exportações.
.
Esta informação, que tomo por verdadeira, é impressionante e dá uma dimensão da barbaridade espanhola "For years Spanish home building and buying outstripped that of Germany, Italy and France combined." Não houve nenhuma instituição espanhola que agisse, perante estes números?
.
"The tight-money Germans will not push to preserve the euro. A poll released at the end of 2007 by Dresdner Bank showed that 62% of Germans support reinstating the deutsche mark as the country's currency. It appears that their wish will come true."
.
Mais uma vez volto a lembrar-me das palavras de FDR "established by the constitution to protect the people's right to sound money".
.
Aumentar a competitividade à custa do abaixamento do valor de uma moeda é a solução preguiçosa, não obriga a reflectir sobre o negócio, sobre os clientes-alvo, sobre as formas de comprar, produzir, distribuir,, vender, servir e criar. É apanhar a boleia, é ser um passageiro clandestino que quer chegar ao destino sem pagar o bilhete. E depois a coisa torna-se aditiva, os drogados, vão, mês após mês, ano após ano, pedir mais um abaixamentozito.
.
OK, na eventualidade disto acontecer, o que podemos fazer já hoje?

sexta-feira, abril 18, 2008

Se não estivéssemos no euro...

O DN de hoje inclui o artigo "Banca deve 56% do PIB ao exterior", assinado por Rudolfo Rebêlo.
.
"A febre dos portugueses pelos empréstimos bancários está a levar os banqueiros a endividarem-se no exterior, a aumentar as responsabilidades financeira do País e a fazer disparar o défice externo. Os cifrões são inimagináveis...Os dinheiros em dívida e os compromissos do País no estrangeiro já ultrapassam os 148,7 mil milhões de euros, o equivalente a criação de riqueza em 11 meses de árduo trabalho dos portugueses (91,3% do PIB). Deste montante, as dívidas (compromissos) da banca portuguesa no estrangeiro já atingem os 91,6 mil milhões de euros, 56% da riqueza do País. Este é o resultado de contratações de empréstimos para compra de casas próprias e de bens de consumo, como carros e electrodomésticos, resultante da queda das taxas de juro na última década."
.
Se não estivéssemos no euro, já nos tinha acontecido o que está a acontecer à Islândia:
.
"So how did Iceland get in so much trouble? That’s the odd part of the story: it isn’t because its banks gambled on the worthless subprime securities that helped undo Bear Stearns and so many others. Iceland’s banks prudently avoided the subprime market, even as they embarked on a lending boom at home and expanded abroad. What got Iceland in trouble was something more subtle: its banks got their money primarily from international investors, making the Icelandic miracle heavily dependent on foreign capital.
In normal times, this might not have mattered, given the country’s solid economic fundamentals. But these aren’t normal times. The subprime crisis, in which investors realized that they had greatly underestimated the risks of lending to people with bad credit, has spawned a wider credit crunch: investors now suspect disaster behind every door, and even seemingly solid borrowers find credit much harder to come by. The subprime crisis was an earthquake that caused a tsunami: the quake has done plenty of damage on its own, but the tsunami looks set to do even more.
Iceland has been swamped by that tsunami because it trusted in the availability of global credit in time for that credit to evaporate. And the fact that Iceland has been so dependent on foreign investors makes those investors even more skittish about investing there: in markets, weakness often begets weakness."
.
Inflacção sobe, moeda desvaloriza, taxas de juro sobem... "inflation is approximately 5 percentage points higher than projected in November. Second, the current forecast assumes that the exchange rate of the króna will be 27% lower in the second quarter than was projected in November" (aqui).
.
"According to the baseline forecast, inflation will peak at close to 11% in the third quarter of 2008. It will slow down rather rapidly beginning in the fourth quarter of 2009 and align with target a year later, in the third quarter of 2010 (see Chart I-5d). The policy rate rises by further 0.75 percentage points and starts to move downward again in the fourth quarter of 2008 and is expected to reach neutrality when the inflation target is attained.
This process will inevitably be accompanied by an economic downturn. GDP is projected to drop by 2½% in 2009 and by 1½% in 2010. The contraction in national expenditure will be even greater, just over 3% in both years."