sábado, abril 09, 2022

Quantas empresas?

Como não recordar o velho ditado deste blogue, "Volume is vanity, profit is sanity". Como não recuar a 2007 e a Correr, correr, correr, só para não sair do sítio... 

"BERLIN, April 6 (Reuters) German carmaker Volkswagen will axe many combustion engine models by the end of the decade and sell fewer cars overall to concentrate on producing more profitable premium vehicles, its finance chief was quoted as saying on Wednesday.

"The key target is not growth, Arno Antlitz told the Financial Times newspaper. "We are (more focused) on quality and on margins, rather than on volume and market share."

Antlitz said VW would reduce its range of petrol and diesel cars, consisting of at least 100 models spread across several brands, by 60% in Europe over the next eight years.

The paper said VW's new strategy was a sign of profound changes in the auto sector, which has attempted for decades to increase profits by selling more cars each year, even if that required heavy discounting.

Former VW chief executive Martin Winterkorn, who resigned in the wake of a diesel emissions scandal, had made it his goal to beat Toyota and General Motors to the title of "volume number one" by 2018."

Trechos retirados de "VW to scrap models and focus on premium market -CFO tells FT

Quando esta semana li a notícia, num jornal português que não consigo precisar, pensei logo nas muitas análises de contexto que vejo nas empresas.

Por causa da ISO 9001 as organizações fazem, ou supostamente fazem, análises de contexto. Listam factores internos e externos mas depois ... o que fazem com isso? Nada, ou quase nada, ou folclore para auditor.

Quantas empresas certificadas e envolvidas no universo de fornecedores da VW vão reflectir sobre isto? E recuo a 2009 e a Perspectivar o futuro:

"As equipas de gestão dedicam, em média, menos de 1 hora por mês a discutir a sua estratégia!!!

Os autores não falam sobre as equipas de gestão do nosso país, referem-se aos Estados Unidos.

Pois bem, ontem descobri mais uma citação do mesmo calibre, desta vez atribuída a Hamel:

On average senior managers devote less than 3 percent ... of their time to building a corporate perspective on their future.” [Hamel 1995] Hamel goes on to point out that some companies devote even less, and suggests that such efforts are far too little to generate helpful projections about the future.”"

Que pode um auditor dizer quando vê uma análise de contexto feita de forma infantil ou de forma negligente? Recordo Deming: "Survival is not mandatory" e também "It Isn’t Illegal to Be Stupid" (parte V).

Recordo Por que não fazer o exercício agora? e o muito recente O risco da complacência.

Sem comentários: