terça-feira, janeiro 31, 2017

Acerca das "electronic cottage industries"

Ao ler "These Fashion Startups Offer The Prestige Of "Made In Italy" Without Inflated Prices" pensei seriamente numa pergunta que fiz a um empresário do calçado acerca de um ano.

- E se os seus trabalhadores mais exímios começassem a trabalhar em casa por conta própria fazendo sapatos topo de gama?

A pergunta foi rapidamente chutada para canto:

- Não têm as máquinas, não têm os contactos.

OK. Agora leiam o artigo. Não me custa nada pensar num contacto destes a chegar e a propor uma cooperativa de operários, a financiar a compra de máquinas não industriais, a financiar a compra da matéria-prima.

A fábrica deste texto produzirá 300/400 pares por dia mas um operário artesão destes se fizer por mês 40 a 50 pares por mês talvez ganhe mais do que como operário.

Esta tendência insere-se naquilo a que designo por Mongo (Estranhistão), um voltar aos sistemas dinâmicos pré-revolução industrial agora que a internet matou a geografia e a tecnologia permite séries muito pequenas de forma relativamente económica.

Como não recuar ao princípio dos anos 80 do século XX e a Alvin Toffler e às suas "electronic cottage industries".

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