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domingo, junho 24, 2012

Mais indicadores a ficarem obsoletos?

Está tudo ligado:
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Sexta-feira, ao final do dia, ouvia Luís Delgado proclamar pela enésima vez a chegada próxima do fim do mundo. Segundo ele até a poderosa China ia ajoelhar...
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Sim, de facto as coisas por lá não estão tão bem assim:

Já aqui escrevemos, por mais do que uma vez, que usamos indicadores com base em modelos que simplificam a realidade. Quando a realidade muda e, continuamos a usar os mesmos indicadores, as nossas conclusões deixam de ser válidas... nós é que ainda não sabemos.
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Mas quanto é que deste fenómeno na China é um reflexo, uma consequência de uma transferência de produção novamente para o Ocidente, para próximo do consumo?
"“In China, you have high minimum quantities you have to order, so you’re building a couple thousand of every guitar pedal,” Bethke says. “Your carrying costs start to get huge.” Today the company only makes those pedals it’s confident it can sell quickly."

" The cheap labor that is helping Mexico surpass China as a low-cost supplier of manufacturing goods to the U.S."
E na Europa?

BTW, não é difícil perceber o que vai acontecer à indústria brasileira num futuro a médio-prazo:

  • Mercado interno enorme;
  • Indústria protegida por barreiras alfandegárias que amolecem a sua capacidade inovadora;
  • Salários a crescer por causa do boom das matérias-primas;
  • Resultado: cada vez maior dificuldade em exportar.
Daqui a uns anos... o culpado será o neoliberalismo... a nossa Expo98 será os Jogos Olímpicos e o Mundial de Futebol?

quarta-feira, maio 09, 2012

Gente que pensa

Li esta interessante entrevista "O México é mil vezes melhor que o Brasil" e o título não é novidade para quem conhece este blogue:

""há uma explosão de investimento externo, de procura de tecnologia, estão de braços abertos para Portugal e as fronteiras estão realmente abertas às importações e exportações". (Moi ici: Que diferença face ao Brasil!!! Talvez a diferença no salário mínimo não seja a única explicação para explicar os dois trajectos)
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Há quem diga que Barack Obama está a fazer crescer uma China à porta de casa, ou seja, o México. (Moi ici: Isto cheira a ingenuidade! Obama nem consegue pôr o seu país a crescer quanto mais o México!!! São os milhões de girassóis) Não só lhe garante menos pressão imigratória (Moi ici: A tal variável que os jornalistas não apanharam) como torna a logística americana mais simples - ao mesmo tempo que tenta esvaziar o crescente poderio do segundo país mais forte do mundo. Além disso, as questões da delinquência urbana parecem confinadas às lutas entre cartéis da droga, ao contrário do que ainda sucede no Brasil. Boas razões, portanto, para a Frezite avançar rumo ao país do "sombrero"."
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Agora num registo completamente diferente, este trecho:
"a Frezite foi mais longe e deu um salto de conceito: deixou de fornecer apenas ferramentas para englobar a "engenharia de soluções" (o que permite aos clientes ter uma resposta técnica quando são criados produtos novos) para ter novas fórmulas. Se uma empresa quer produzir um determinada linha de mobiliário, estudam as máquinas do cliente dão uma resposta técnica em função dos materiais, do lay-out da fábrica, etc, para que tal seja possível. Um ângulo impossível? Um material novo? Com a flexibilidade portuguesa no terreno quase tudo se torna possível. O desenvolvimento das ferramentas de corte para aquela nova produção vem a seguir.

Por isso a Frezite tem hoje entre os seus clientes muitas empresas internacionais das mais diversas áreas industriais e onde se incluem também grandes nomes da indústria automóvel e aeroespacial. "Por exemplo na Autoeuropa, nós somos parceiros nas soluções de maquinação de peças e damos aos clientes soluções para a redução de custos de produção". A mistura entre a "engenharia da solução" e o "hardware (as ferramentas) é que determina o reforço das parcerias e o aumento do valor acrescentado."
Uma descrição da transição da goods-dominant logic para a service-dominant logic, um mundo em que:
"Goods become service appliances. Buyer judgments about the value-in-use of goods extends the time-logic of marketing. The exchange concept is no longer transaction bound. Service-ability (the capability to serve) becomes the essence of a firm’s value propositions. Service experience becomes paramount in developing and sustaining the life of a brand."
Trecho retirado de "Branding in B2B markets: insights from the service-dominant logic of marketing"
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Entretanto o ministro dos Negócios Estrangeiros anda entretido a lidar com as prioridades de há cinco anos.