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segunda-feira, abril 11, 2016

Acerca das importações de 2016

A propósito dos números do INE sobre o comércio internacional que saíram na última sexta-feira.
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Escrevo com base na comparação do acumulado do ano de 2016 com o de 2015:
  • Importamos mais cerca de 173 milhões de euros;
  • Importamos mais cerca de 1,9%:
  • Importamos menos 335 milhões de euros em combustíveis (e, mesmo assim, importamos mais 173 milhões de euros);
  • Importamos menos 41 milhões de euros em ferro fundido, ferro e aço;
  • Importamos mais 152 milhões de euros em viaturas;
  • Importamos mais 83 milhões de euros em máquinas e aparelhos eléctricos;
  • Importamos mais 41 milhões de euros em aeronaves e outros aparelhos;
  • Importamos mais 55 milhões de euros em plásticos e suas obras;
  • Importamos mais 34 milhões de euros em produtos farmacêuticos;
Bom, talvez que dos 173 milhões de euros, 124 (83 + 41) correspondam a investimento directamente produtivo. 
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BTW, para quem tem um Skoda com 20 anos, o namoro que os portugueses devotam aos automóveis é ... estranho.

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Sem bentos!!!

Assim que li esta notícia, ontem,
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"As exportações alemãs aumentaram 11,4% em 2011, na comparação homóloga com o ano anterior, perfazendo 11,06 biliões de euros, anunciou hoje o Instituto Federal de Estatística (Destatis)".
guardei-a logo, para, depois, poder comparar com o desempenho português.
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Hoje, aqui "Estatísticas do Comércio Internacional -Dezembro de 2011", encontrei os números para fazer a comparação:
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As exportações portuguesas aumentaram 15,2% em 2011, na comparação com o ano anterior, perfazendo 42,4 mil milhões de euros.
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Nada mau!!!
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Para fora da União Europeia, apesar de termos a moeda dos alemães, a tal que nos torna pouco competitivos, as exportações portuguesas cresceram 19,6%.

terça-feira, janeiro 10, 2012

O jornal do Bloco?

"No período de setembro a novembro de 2011, as saídas de bens registaram um aumento de 15,1% e as entradas uma diminuição de 3,6%, face ao mesmo período de 2010,
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Em termos das variações homólogas, no mês de novembro de 2011 as saídas aumentaram 15,4%, em resultado da evolução positiva das expedições de bens tanto para os parceiros comunitários como para os Países Terceiros. As entradas diminuíram 7,3% face ao valor registado em novembro de 2010, devido à quebra verificada no Comércio Intracomunitário."
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E que título é que o jornal Público deu a estes factos?
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"Exportações voltam a desacelerar com menos compras por parte da zona euro"
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"Comércio Intracomunitário
No período de setembro a novembro de 2011, as expedições aumentaram 11% enquanto as chegadas diminuíram 8,4%, face ao mesmo período do ano anterior."
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Trechos retirados do boletim do INE.

segunda-feira, novembro 07, 2011

E vão viver de quê (Parte VII)

Parte VI.
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"Em setembro, o volume de negócios da indústria com destino ao mercado externo registou um crescimento
homólogo de 12,1%
, superior em 1,2 p.p. ao observado no mês precedente."
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Trecho retirado de "Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria" Setembro de 2011

terça-feira, outubro 11, 2011

eheh, os convidados dos Prós e Contras não são capazes de explicar isto

"Em Agosto, o índice das novas encomendas recebidas pelas empresas industriais apresentou um aumento homólogo de 15,5%, taxa inferior em 3,2 pontos percentuais (p.p.) à observada em Julho. Este comportamento foi determinado por desacelerações ocorridas em ambos os mercados, externo e nacional. As encomendas recebidas do mercado externo aumentaram 17,0% em Agosto (20,7% em Julho), enquanto as recebidas do mercado nacional registaram uma variação homóloga de 13,8% (16,3% no mês anterior)."
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"Todos os Grandes Agrupamentos Industriais registaram variações homólogas positivas e inferiores às observadas em Julho. (Moi ici: Pessoalmente acho que não faz sentido tirar ilações sobre as comparações que não têm em conta a periodicidade das actividades humanas) O índice do agrupamento de Bens de Investimento apresentou o contributo mais influente para a variação do índice agregado deste mercado (10,4 p.p.), em resultado de um aumento homólogo de 33,2% (40,2% em Julho). O agrupamento de Bens Intermédios apresentou um crescimento de 9,3% (11,6% no mês anterior) e contribuiu com 4,5 p.p. para a variação do índice agregado. As novas encomendas de Bens de Consumo aumentaram 10,1%, resultado 2,6 p.p. superior ao observado no mês precedente."
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Trechos retirados de "Índice de Novas Encomendas na IndústriaAgosto de 2011"
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"Comércio Intracomunitário
No período de Junho a Agosto de 2011, as expedições aumentaram 13% e as chegadas diminuíram 7,9%, face ao mesmo período do ano anterior.
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No que respeita às variações homólogas, em Agosto de 2011 registou-se nas expedições intracomunitárias, um acréscimo de 15,5%, devido às evoluções positivas registadas nas Máquinas e aparelhos, produtos Químicos e Veículos e outro material de transporte. As chegadas de bens registaram uma variação nula.
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Comércio Extracomunitário
No período de Junho a Agosto de 2011, as exportações e as importações aumentaram 16,6% e 2,5% respectivamente, face ao mesmo período do ano anterior.
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Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, verifica-se que as exportações aumentaram 19% e as importações diminuíram 2,5%, em comparação com igual período do ano anterior. O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um superavit de 378,7 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 119,5%, enquanto nos resultados globais (incluindo os Combustíveis e lubrificantes) se registou um défice de 1 094,7 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 71,6%.
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Em termos homólogos, em Agosto de 2011 as exportações, apresentaram um acréscimo de 23,1%, em resultado principalmente das exportações de produtos Químicos, Metais comuns e Máquinas e aparelhos. As importações diminuíram 1,3%, devido fundamentalmente à quebra registada nas importações de Combustíveis minerais provenientes dos países extracomunitários.
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Trechos retirados de "Estatísticas do Comércio InternacionalAgosto de 2011"

sexta-feira, maio 06, 2011

Competitividade uma ova!

Será que quem é funcionário público, ou quem é funcionário de uma loja, ou trabalha para uma empresa que vive do mercado nacional percebe que além da conversa do défice e da crise há um outro Portugal que os suporta?
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"As vendas na indústria com destino ao mercado externo aumentaram, em Março de 2011, 13,1% em
termos homólogos.
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Os agrupamentos de Bens Intermédios e de Bens de Investimento registaram variações de 23,0% e de
23,6%, respectivamente, tendo contribuído com 9,0 p.p. e 4,9 p.p. para a variação do índice agregado deste mercado.
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Em Março de 2011, a secção das Indústrias Transformadoras registou um aumento de 12,2% em termos homólogos.
O volume de negócios da indústria com destino ao mercado externo apresentou, em Março de 2011, uma variação mensal de 13,9%.
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A variação média dos últimos 12 meses fixou-se em 16,5%."
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Sim pois, depois, os teóricos vêm dizer que não somos competitivos... somos competitivos sim senhor, temos é muitos cucos a viver sobre as costas de uma minoria.
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Trecho retirado de "Índice de Volume de Negócios da Indústria desacelera.Emprego diminui. - Março de 2011"

quinta-feira, abril 28, 2011

Jornalistas...

Hoje à hora do almoço, entre rotundas em Viseu, ouvi na TSF alguém do INE afirmar que "faltavam" 430 mil recenseados face às expectativas.
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E o jornalista bovinamente servia de megafone e não colocava a questão que me passava pela cabeça:
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E os milhares de portugueses que emigraram na última década?
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Interessante recordar um postal de Março passado no DESMITOS:
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"dá a sensação que Portugal perdeu neste deve e haver 300.000 pessoas."

segunda-feira, maio 18, 2009

A realidade e a fachada

Da próxima vez que os media e os políticos preguiçosamente falarem das Qimondas, das Auto-Europas e outras empresas do mesmo tipo, lembrem-se dos números deste relatório do Instituto Nacional de Estatística:
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"as unidades empresariais com menos de 10 trabalhadores corresponderam a mais de 95% do sector empresarial não financeiro. Este valor traduz um tecido empresarial constituído maioritariamente por empresas de reduzida dimensão.
As empresas com menos de 10 pessoas ao serviço foram as responsáveis pela maior parcela do emprego nacional, correspondendo a 1 681 675 trabalhadores."
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"Em 2007 a estrutura empresarial portuguesa era dominada por empresas de reduzida dimensão, com as unidades com menos de 10 trabalhadores ao serviço a representarem 95,4% do total de empresas do país. Cerca de 44% do emprego era, também, assegurado pelas empresas desta dimensão."

sexta-feira, março 21, 2008

Há que olhar para as tendências e não só para o último valor.


O Diário de Notícias de ontem trazia o artigo “Desaceleração do investimento faz arrefecer economia em 2008”, assinado por Rodolfo Rebêlo.
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O artigo começa com as seguintes palavras “A economia portuguesa apresenta sinais de forte abrandamento nos primeiros dois meses do ano. Os empresários estão a adiar planos de investimento e o volume de negócios no comércio e na indústria abrandou, com as exportações de bens em queda, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).”
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Resolvi recolher os dados do INE (Sínteses mensais de conjuntura), escolhi dois indicadores, um sobre o investimento (Indicador de FBCF) e outro sobre a procura externa (Carteira de encomendas externa).
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Depois, fiz uma carta de comportamento estatístico entre Novembro de 2006 e Janeiro de 2008, para procurar perceber o que me diz a voz do processo, independentemente das opiniões políticas.
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Relativamente ao Indicador de FBCF obtive as seguintes curvas (a superior para avaliar a evolução da variabilidade e a inferior para acompanhar a evolução da média):
A carta da variabilidade diz-me que ao longo de 2007 a variabilidade evoluiu sob controlo estatístico, previsível portanto. Nada de alterações a esse nível!
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A carta da média conta uma outra história muito mais interessante:
* 8 pontos consecutivos sempre a subir, de Janeiro a Agosto de 2007;
* Os pontos de Julho e Agosto ultrapassaram o limite superior de controlo (LSC x);
* O ponto de Dezembro de 2007 ultrapassou o LSC x.

Estamos perante um sistema, em que causas assinaláveis actuaram durante o ano de 2007 (a probabilidade de 8 pontos consecutivos subirem sempre face ao anterior sem haver alteração da média é de (1/2) elevado a 8.
Ao longo dos primeiros 8 meses a média aumentou, o indicador de FBCF teve uma evolução positiva que não pode ser explicada pela flutuação aleatória. Houve inequivocamente uma melhoria da situação em 2007, pelo menos durante os primeiros 8 meses (o valor excepcional no mês de Dezembro de 2007 pode ser explicado pelo investimento excepcional na compra de aviões pela TAP e pela NetJets - o famoso Banhista Gordo).
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Estatisticamente não se pode dizer se a situação está a piorar ou não a nível de indicador de FBCF
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Quanto à evolução do indicador “Carteira de encomendas externa” temos:

Ou sublinhando outros aspectos:Mais uma vez nada de anormal a nível da carta de comportamento da variação.
Quanto à carta do comportamento da média a história é outra. Temos tudo menos um sistema estável estatisticamente:
* De Junho de 2006 até Fevereiro de 2007 foram nove pontos consecutivos abaixo da média.
* Depois, de Março de 2007 até Dezembro de 2007 foram 10 pontos consecutivos acima da média. Ou seja, uma primeira fase com um crescimento assinalável, seguida de uma segunda fase com uma diminuição assinalável;
* A carteira de encomendas externa está em queda desde Julho de 2007, ou seja, oito meses seguidos. Estatisticamente podemos dizer que algo de diferente aconteceu e está a actuar sobre a economia.
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Assim, ao contrário do que diz o artigo, a economia portuguesa não apresenta sinais de forte abrandamento nos primeiros dois meses do ano, infelizmente os sinais são mais antigos, já vêm de Agosto de 2007.
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Não sou eu que o digo, são os números!
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É muito fácil preocuparmo-nos com o último número, é o que ocupa a maior fatia do prime-time das reuniões de muitas organizações, é o topo do icebergue.
Só que abaixo do nível das águas... há um comportamento silencioso que corre o risco de passar despercebido.