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domingo, outubro 06, 2013

Como os países se tornam ricos

"Os países não se tornam ricos por fazerem mais do mesmo. Fazem-no por alterar o que produzem e a forma como produzem. Crescem ao fazerem coisas que são novas para eles; em resumo, inovam."
Claro que a tríade prefere pensar e pregar que o crescimento se faça à custa da redução dos custos.
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Trecho retirado de "O caminho para o crescimento dos conglomerados"
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BTW, a propósito de conglomerados, no final do artigo fiquei a pensar na Altri... está num sector exportador? Está! Será que os seus concorrentes na Europa, estão sujeitos ao mesmo escrutínio e libertinagem legal que existe em Portugal? Será que existe mais algum país europeu em que em 25 anos o perfil florestal tenha sido alterado por completo para fomentar a produção de pasta de papel?
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BTW2, um conselho para os guardiães da Altri na Wikipedia, isto:
"A Altri tem assentado o seu crescimento numa estratégia de aquisições transformadoras (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), e na maximização do retorno ao accionista."
Está tão datado e obsoleto!!!
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Então não lêem o que o mainstream já adoptou?
“On the face of it, shareholder value is the dumbest idea in the world. Shareholder value is a result, not a strategy...your main constituencies are your employees, your customers and your products" 

terça-feira, novembro 29, 2011

Memória de elefante

Recordar "Este país é um país da treta" onde se pode ler:
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"Presidente da Portucel sugere estímulo do Governo aos investidores privados para plantarem eucalipto, o que minimizaria a falta de matéria-prima."
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Ontem, no JdN no artigo "Portucel - Apostar na exportação para escapar à crise" podia-se ler:
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""É a empresa mais eficiente do sector, na Europa", diz um analista do sector ao Negócios. "Não só pela infra-estrutura [a nova fábrica de papel em Setúbal], mas também pelo facto de ter acesso à matéria-prima a um preço mais baixo. Em Portugal, a pasta é mais barata", sublinha. Assim, consegue produzir papel e vendê-lo com margens mais elevadas dos que as suas principais concorrentes."
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Quando a procura é alta e a oferta é baixa... 
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Não esquecer que a Portucel quer que sejam os contribuintes a subsidiarem o preço do eucalipto para o tornar mais atractivo.

terça-feira, setembro 20, 2011

Este país é um país da treta.

Sou bruxo?
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Claro que não, os sinais andavam por aí para se verem por quem tem olhos para ver. Há um mês que ando a falar disto no twitter... o lobby dos eucaliptos.
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Um dos sinais que ilustram a transformação porque Portugal passou nos últimos trinta e muitos anos está na floresta.
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Assim como o pinheiro-bravo foi a plantação do Estado Novo, o eucalipto tem sido a plantação do Novo Estado pós-25 de Abril.
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Não vejo com bons olhos o aumento da área dedicada aos eucaliptos. No entanto, adiante:
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Se a indústria da pasta do papel é assim tão rentável, dá tantas exportações, por que raio tenho de ser eu, do meu bolso, eu que só gosto de eucaliptos na Austrália, a subsidiar tão rentáveis exportações?
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"Queiroz Pereira defende subsidiação do eucalipto":
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"Presidente da Portucel sugere estímulo do Governo aos investidores privados para plantarem eucalipto, o que minimizaria a falta de matéria-prima."
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Este país é um país da treta!
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Uma cerâmica tem de assegurar o fornecimento de argila do seu bolso, uma petrolífera tem de assegurar o fornecimento de matéria-prima do seu bolso, uma empresa de calçado tem de assegurar o fornecimento de couro do seu bolso, uma têxtil tem de assegurar o fornecimento de fio do seu bolso, é assim em toda toda a economia saudável.
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Há umas empresas que tratam os fornecedores de tal maneira que não vale a ser seu fornecedor... solução, o Estado resolve. Como o Estado não tem dinheiro para mandar cantar um cego sou eu que tenho de entrar com dinheiro do meu bolso para ajudar estas mega-empresas...
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Este país é um país da treta.

terça-feira, setembro 06, 2011

Apreciar o desempenho da Altri e o dos finlandeses

Disclaimer: Não sou um eucalipto-lover, sim, gosto de eucaliptos ... na Austrália". Sim, detesto ver km e km de plantações de eucaliptos. Sim, já em tempos, numa outra vida, estive quase a importar phoracantas.
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O que penso sobre os eucaliptos, não me impede de apreciar a capacidade de gestão da Altri:
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"A empresa liderada por Paulo Fernandes explica ainda que, naquele que foi "o melhor primeiro semestre de vendas da história da companhia", a facturação da empresa cresceu acima da média do mercado mundial de pasta e papel e viu as exportações subiram 3,2%."
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Entretanto, na Finlândia com a desculpa do euro caro:
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"Furthermore, currently the Finnish (and European) paper industry is reeling from the euro’s high value and as a result the units that are oldest or least competitive (due to capacity restraints in combination with the currency rate) get closed at an alarming rate." (Trecho retirado daqui)