A propósito da capa do jornal Público de Segunda-feira passada:
Camilo Lourenço no seu podcast diário de Segunda-feira louvou os imigrantes por fazerem o que os portugueses já não querem fazer. Sublinhou mesmo a sua importância para o turismo nacional.
O mesmo Camilo Lourenço no seu podcast de Terça-feira apresentou uns números sobre o turismo e o seu impacte na economia nacional. Elogiou esses números, mas chamou a atenção para a necessidade do turismo subir na escala de valor.
Recordo de Julho passado:
""Salários baixos, horas de trabalho sem fim"
Imigrantes no turismo triturados pelo motor que alimentam
Uns trabalham pelos salários mais baixos da economia nacional, outros passeiam e contribuem para que o turismo continue a ser o motor da economia. Os primeiros são imigrantes, partilham casa com dezenas de pessoas e tentam sobreviver com pouco. Os segundos são turistas, ficam alguns dias e gabam o sol, a comida e os preços baixos. Dos 300 mil trabalhadores do turismo não se sabe quantos são estrangeiros. Mas é certo que o número está a aumentar. À Renascença, Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, defende que é necessário aumentar salários no setor. Já em 2023, tivemos o melhor quadrimestre de sempre na área do turismo", conta. Mas a que custo?"
Por que é que um empresário sairá da sua zona de conforto para avançar numa aposta arriscada de subida na escala de valor? Tenho de mandar o vídeo deste postal, Again, por que se pedem paletes de mão de obra estrangeira barata?, a Camilo Lourenço. A garantia da disponibilidade de mão de obra barata diminui a necessidade de subir na escala de valor. Os empresários são humanos, os humanos são satisficers, não maximizers. Recordar Estranho, não? e as raposas levadas para a Austrália É assim tão difícil perceber este fenómeno? (parte II).
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