Assisti ontem à noite na CNN Portugal a uma parte da conversa com profissionais do turismo algarvio. Na parte da conversa que ouvi este tema surgiu "Algarve "descola da imagem de destino barato". Subida dos preços compensa menos dormidas":
"Decréscimo no número de dormidas no Algarve está a ser compensado pelo aumento dos preços. Redução foi registada essencialmente por parte dos portugueses, pressionados pela inflação e taxas de juros."
Não é impunemente que se sobem salários acima da produtividade, a consequência natural é aumentar os preços e/ou cortar as margens. É o destino!
É o mesmo destino das PMEs exportadoras nos sectores tradicionais. Produzem para fora porque os portugueses não têm poder de compra para as suportar.
Já ontem tinha apanhado este artigo "Açores: Falta de mão-de-obra deixa restaurantes a «meio-gás". Sinal gritante de que a procura (turistas) é superior à oferta. Se os açorianos querem restaurantes com qualidade de serviço têm de ter empregados qualificados, se não os há têm de aumentar os salários e para isso têm de aumentar os preços. Se as pessoas percebessem a assimetria do impacte da subidas de preços, optariam por ele mais vezes. Recordo o Evangelho do Valor, os clientes que se perdem com a subida de preços são mais do que compensados pelo que se ganha a mais com os que se mantêm.
Turistas mais satisfeitos, empregados mais satisfeitos, patrões mais satisfeitos e ambiente menos ameaçado.
Claro, o Evangelho do Valor só funciona se os Açores se focarem nas suas vantagens competitivas como destino turístico: baleias, líquenes (acho que ninguém liga a este potencial) e Atlântida.
🐳Santuário de Baleias
— LabTerra (@lab_assoc_terra) July 1, 2023
Os Açores é considerado um dos melhores locais do mundo para observação de baleias. Nas suas águas abrigam uma incrível diversidade de espécies, incluindo a baleia-azul, o golfinho-roaz e o cachalote.
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