"Num lago há um nenúfar que todos os dias cresce para o dobro do seu tamanho. Se em cem dias cobrir o lago inteiro, quantos dias serão necessários para cobrir metade?"Primeiro este "Silence on social issues could be the kiss of death for brands, says UN marketing chief". Isto é assumir que nos "social issues" há um lado bom e um lado mau, é assumir um mundo a preto e branco sem tonalidades de cinza. As marcas clássicas que herdámos do século XX apontam para o mercado de massas, apontam para o máximo comum, apontam para o conjunto mais alargado possível de clientes. Isso implica não fazer muitas ondas porque ao cobrir o que um grupo de clientes quer, vai inexoravelmente criar problemas com um grupo oposto que quer exactamente o oposto. Também por isto é que as marcas clássicas estão condenadas a desaparecer, por não poderem tomar partido e por o mercado estar a fragmentar-se num conjunto muito diverso de tribos aguerridas que pactuam cada vez menos com quem não é da sua "cor".
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Segundo, este "LVMH vende marcas Donna Karan e DKNY por 592 milhões".
"O comprador é o grupo G-III Apparel Group e o valor foi de 650 milhões de dólares (592 milhões de euros), incluindo dívida.Comecei por imaginar uma operação como a compra da marca "Fly London" para subir na escala de valor. No entanto, depois de ver o site da G-III e a quantidade de marcas que fabricam, sinto que é mais um sintoma do hollowing. Carcaças ocas que vivem de glória e nome feito no passado mas que já não têm chama. Outra contribuição para o fim das marcas clássicas.
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A estilista Donna Karan fundou em 1984 a sua marca de roupa feminina com o marido Stephan Weiss, tendo abandonado a chefia do gabinete de design da companhia no ano passado, para focar-se em projectos como a Urban Zen.
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A companhia G-III é, por seu turno, fabricante industrial de roupa sob insígnias como a Calvin Klein ou Vince Camuto."
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Terceiro, este "Procter & Gamble launches direct-to-consumer subscription business" um proprietário de marcas clássicas, habituado a dar plankton aos consumidores ao longo de décadas, tenta mudar de modelo de negócio, tenta fazer o bypass ao retalho físico. Não é mais uma empresa de média dimensão, é só o gigante P&G.
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