sexta-feira, outubro 25, 2013

Um exemplo para pensar fora da caixa do mainstream

Há coincidências interessantes!
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Na passada Terça-feira ouvi falar da Abyss & Habidecor, na passada Quarta-feira referi-a neste postal "Os limites da globalização"- Hoje, encontro este artigo "A quinta de luxo no Dão que seduz reis e milionários".
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Uma história que é um exemplo que devia ser mais conhecido, estudado e percebido por muitos empresários deste país, (sabem o que penso sobre o poder do exemplo dos pares), a aplicação prática do Evangelho do Valor:
"Tinha cerca de 30 anos quando percebeu que havia um nicho de mercado que podia ser explorado: a alta qualidade. Pôs os pés a caminho de Viseu, porque Portugal está-lhe na alma, e fundou numa cave a Abyss & Habidecor.
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A empresa foi crescendo, sempre com o objectivo de produzir qualidade e não quantidade.
O segredo da qualidade? "É tudo feito à mão, com as melhores matérias-primas, algodão do Egipto - não é qualquer algodão, é o Giza 70, um dos melhores do mundo - cachemira da Mongólia, seda da Ásia e linho - e não queremos ir por outro caminho". São as 200 pessoas que actualmente emprega o grupo, que trabalham o artigo desde o fio até à entrega ao cliente final. Pierre Lemos destaca ainda que uma das características das unidades é a flexibilidade.
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"Fazemos todos os artigos à medida que o cliente quiser e personalizamos o produto ao máximo, desde a cor até protecções contra frio ou calor extremo", salienta.
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Para o futuro, a empresa definiu um objectivo: reduzir dos actuais 1500 clientes para 500. "Queremos facturar mais com menos clientes, queremos melhores clientes, melhorar ainda mais a relação com os clientes", diz Pierre. (Moi ici: Eis um parágrafo que devia ser objecto de várias tertúlias entre empresários... o que é que isto quer dizer? o que é que isto significa? o que é que isto implica no que fazemos e como fazemos? o que é que isto implica sobre o como vendemos e comunicamos? Até parece que a frase foi escrita por este blogue e "metida" aqui só para fazer cabeças pensarem fora da caixa, fora dos condicionamentos do mainstream)

1 comentário:

Bruno Fonseca disse...

boas!

só duas notas:

- excelente exemplo de como a fusão de duas empresas complementares permite claramente atingir-se outro tipo de objectivos. é pena que este tipo de exemplos não sejam mais divulgados, existem diversos sectores que beneficiariam desta situação.

- ao contrário do sector do calçado, que ao longo do tempo foi aumentando o seu número de clientes, a H&A pretende diminuir, aumentando o valor e volume para cada um dos actuais clientes. interessante. mas creio que é também resultado da própria fusão. ou seja, os clientes actuais resultam da soma dos clientes das 2 empresas individuais, e pretendem agora fazer um cross-selling entre os produtos fabricados internamente, junto dos melhores clientes. muito interessante.

por último, se me permite uma pequena provocação, mais uma têxtil do interior centro a "dar cartas". à semelhança da Paulo Oliveira, da Covilhã, ou da Dielmar em CAstelo Branco.

bem haja!