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segunda-feira, setembro 01, 2008

terça-feira, agosto 26, 2008

Outro campo para especulação

Este artigo "All together now" da revista The Economist deixa-me muitas interrogações e algumas pistas para especulação sobre o futuro do negócio.
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Um pouco à semelhança do Porshe Cayenne, basta ver o início do artigo da wikipédia: "O Porsche Cayenne é um utilitário desportivo produzido pela Porsche desde 2002."
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Será que a marca, a proposta de valor Porsche combina com a proposta de valor associada a utilitário?
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Que a Teva engula a Barr parece coerente. No entanto, quanto à aquisição pela Daiichi Sankyo da indiana Ranbaxi... como conciliar a proposta de valor dos genéricos com as lindas palavras daqui: "DAIICHI SANKYO’s goal is to satisfy the unmet medical needs of patients and healthcare professionals by continuously developing and providing innovative products and services and be independently competitive in major international markets and maximising its corporate value. "
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Ou que a Sanofi-Aventis queira comer a checa Zentiva (empresa de genéricos) onde está a sinergia? Qual a proposta de valor da fusão?
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O pior que pode acontecer é desviar as farmacêuticas tradicionais do seu negócio clássico, a venda de produtos patenteados.
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O que andará por detrás de alguns destes movimentos?

terça-feira, julho 22, 2008

Movimentos de defesa ou de reconfiguração da paisagem competitiva?

No Diário Económico de hoje:
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"Maiores empresas de genéricos do mundo fundem-se" artigo assinado por Sofia Lobato Dias.
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Porque será? Serão movimentos defensivos ou reconfiguração deliberada da paisagem competitiva?
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"many of these global players that we see today emerge from defensive moves, rather than creative or aggressive strategies. The established gather their forces against the reconfigurers. They become larger, but that do not necessarily reconfigure."
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"Deregulation revealed accumulated market imperfections...Companies which had been opaque black boxes now became transparent, and new 'invaders' were able to unbundle products/services and give better deals to customer groups which had been mishandled or exploited outright.
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As markets become transparent and 'unbundleable' there is always the opportunity for a gold rush. And it tends to be quick and simple strategies which win. But such strategies are imperfection based, they are primarly neither competence based nor customer orientation based. As these successful players gain from the imperfections they contribute to eliminating them. And while, for a period of time, they eat deeply into the positions and profitability of the established players some of these will adapt, innovate, and reconquer positions."
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"to consolidate their positions by realizing that the imperfections that made them successful will not persist and have to be replaced by systematic, long-term strategies building new capabilities and consolidating relationships including with customers."
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Trechos retirados de "Reframing Business - When the Map Changes the Landscape" de Richard Normann.
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Sim, mas que é que está a ser medroso e quem está a ser reconfigurador?

sexta-feira, julho 18, 2008

sábado, fevereiro 09, 2008

Mind-mapping e divagações farmacêuticas

No último mês ando a pôr em prática uma ideia que me surgiu, na sequência do curso de “Criatividade e Inteligência Emocional” que frequentei. Para dar asas, e fomentar a minha criatividade, adoptei uma prática que, em teoria, a facilita e desenvolve: passei a usar, no dia-a-dia, um caderno A4 branco (adeus ditadura do quadriculado); passei a usar o caderno na posição horizontal; e passei a usar várias canetas coloridas em simultâneo.

Não quero outra coisa, é muito mais fácil recuperar ideias, é muito mais fácil espraiar os conteúdos, e esteticamente é mais bonito.

Mesmo em reuniões a coisa funciona:
Hoje de tarde, recolhi várias folhas A3 brancas e comecei a usar a técnica de “mind-mapping”, para registar e encadear uma série de factos sobre a indústria farmacêutica mundial.
A meio da leitura dos vários relatórios da IBM sobre o sector farmacêutico, o mapa mostrava-me algo que não batia certo.

A figura que se segue é um excerto do mapa global que equaciona o problema:As pequenas e médias empresas estão a conquistar quota de mercado e rentabilidade.
As grandes empresas, com os seus biliões de USD investidos na investigação, têm visto a sua performance baixar ao longo dos últimos anos.
Mesmo nos produtos patenteados, a quota de mercado das pequenas e médias empresas tem crescido e bem!

A minha mente começou logo à procura de modelos mentais capazes de explicar o sucedido.
Gostei deste que se segue:

Clayton Christensen e Michael Raynor no seu livro “The Innovator’s Solution – Creating and Sustaining Successful Growth” (um fantástico livro que aconselho, IMHO) apresentam a ferramenta que se segue:
O eixo vertical (ordenadas) esquerdo mede o grau em que os processos existentes – os padrões de interacção, comunicação, coordenação, e tomada de decisão actualmente usados na organização – são os ajustados `para executar eficazmente as novas tarefas (associadas ao aproveitamento de um produto inovador). Se o ajuste é bom, os processos actuais podem ser utilizados. Se não, novos processos e novos tipos de equipas serão necessários.

O eixo horizontal (abcissas) inferior pede aos gestores que avaliem se os valores da organização actual se ajustam bem ou não, para tomar decisões quanto à alocação de recursos. Se o ajuste é mau, então os valores mainstream da organização actual atribuirão baixa prioridade ao novo projecto; ou seja, o projecto é potencialmente disruptivo, incompatível face ao modelo de negócio actual.

O eixo horizontal superior ilustra o nível adequado de autonomia necessário a uma unidade organizacional que tente explorar a inovação. Para inovações disruptivas, montar uma organização autónoma para desenvolver e comercializar o novo negócio é essencial para o seu sucesso.

Os relatórios defendem que o futuro inovador da actividade farmacêutica passa por “Promovendo produtos cada vez mais direccionados”.

O que é que se passa com as grandes empresas?

Têm crescido sobretudo à custa de se comprarem umas às outras (“Fusões e aquisições”) e de concentrarem as suas unidades produtivas num esforço de aumento da eficiência para conseguir uma redução dos custos (“Um elevado controlo dos custos”)

“Produtos cada vez mais direccionados” têm mercados-alvo cada vez mais recortados, mercados com dimensão atraente para as pequenas e médias empresas, mas completamente anti-económicos para as gigantes.

Assim, como escrevem Christensen e Raynor:

“The reason an organization cannot disrupt itself is that successful organizations can only proritize innovations that promise improved profit margins to their cost structure”

Daí que:

“Great opportunities can be missed and millions of dollars wasted when managers have high-potential ideas but place them in an organizational context that is not suited to the task”

A minha intuição, o modelo mental que escolhi, é um que coloca os “produtos direccionados” no quadrante superior esquerdo (na posição C).
Ou seja, em vez de mega-unidades viradas para a produção em massa, e que arrastam atrás de si uns custos de estrutura respeitáveis, precisavam de unidades mais pequenas e flexíveis. A sua estrutura só as faz convergir para os famosos "blockbusters", os únicos capazes de pagarem os fabulosos "overheads", daí que desprezem possibilidades com mercados potenciais mais limitados.

Será que este raciocínio tem pernas para andar? Será que explica bem o que se passa? Ou há algo que me escapa?

quarta-feira, agosto 01, 2007

Esconder o inevitável

Este artigo, "Genéricos abrem cisão na indústria farmacêutica", assinado por Rute Araújo no DN de hoje, fez-me lembrar esta entrevista de David Boowie ao "The New York Times":

"''I don't even know why I would want to be on a label in a few years, because I don't think it's going to work by labels and by distribution systems in the same way,'' he said. ''The absolute transformation of everything that we ever thought about music will take place within 10 years, and nothing is going to be able to stop it. I see absolutely no point in pretending that it's not going to happen. I'm fully confident that copyright, for instance, will no longer exist in 10 years, and authorship and intellectual property is in for such a bashing.''

''Music itself is going to become like running water or electricity,'' he added. ''So it's like, just take advantage of these last few years because none of this is ever going to happen again. You'd better be prepared for doing a lot of touring because that's really the only unique situation that's going to be left. It's terribly exciting. But on the other hand it doesn't matter if you think it's exciting or not; it's what's going to happen.''

Se a APIFARMA fizer 2/3 cenários sobre futuros possíveis, vai encontrar uma constante, uma poderosa pressão demográfica sobre os cofres da segurança social, o que vai tornar inevitável a generização. David Bowie é muito mais realista, não adianta entrar em rodriguinhos...

Fui alertado para esta entrevista através do blog "Grande Loja do Queijo Limiano"

terça-feira, julho 03, 2007

Evolução: da produção em massa para a produção personalizada!

Será que as farmacêuticas do futuro vão produzir medicamentos sob encomenda? Medicamentos personalizados?
Parece que algumas vão nesse caminho, como se pode ler neste artigo da revista "The Economist": "Pharmaceuticals Beyond the blockbuster".

"Roche is being drawn away from conventional one-size-fits-all drugs partly by the allure of the lucrative new markets being created by the development of “personalised medicine”. "