Não quero outra coisa, é muito mais fácil recuperar ideias, é muito mais fácil espraiar os conteúdos, e esteticamente é mais bonito.
Mesmo em reuniões a coisa funciona:
A meio da leitura dos vários relatórios da IBM sobre o sector farmacêutico, o mapa mostrava-me algo que não batia certo.
A figura que se segue é um excerto do mapa global que equaciona o problema:
As grandes empresas, com os seus biliões de USD investidos na investigação, têm visto a sua performance baixar ao longo dos últimos anos.
Mesmo nos produtos patenteados, a quota de mercado das pequenas e médias empresas tem crescido e bem!
A minha mente começou logo à procura de modelos mentais capazes de explicar o sucedido.
Gostei deste que se segue:
Clayton Christensen e Michael Raynor no seu livro “The Innovator’s Solution – Creating and Sustaining Successful Growth” (um fantástico livro que aconselho, IMHO) apresentam a ferramenta que se segue:
O eixo horizontal (abcissas) inferior pede aos gestores que avaliem se os valores da organização actual se ajustam bem ou não, para tomar decisões quanto à alocação de recursos. Se o ajuste é mau, então os valores mainstream da organização actual atribuirão baixa prioridade ao novo projecto; ou seja, o projecto é potencialmente disruptivo, incompatível face ao modelo de negócio actual.
O eixo horizontal superior ilustra o nível adequado de autonomia necessário a uma unidade organizacional que tente explorar a inovação. Para inovações disruptivas, montar uma organização autónoma para desenvolver e comercializar o novo negócio é essencial para o seu sucesso.
O que é que se passa com as grandes empresas?
“Produtos cada vez mais direccionados” têm mercados-alvo cada vez mais recortados, mercados com dimensão atraente para as pequenas e médias empresas, mas completamente anti-económicos para as gigantes.
Assim, como escrevem Christensen e Raynor:
“The reason an organization cannot disrupt itself is that successful organizations can only proritize innovations that promise improved profit margins to their cost structure”
Daí que:
“Great opportunities can be missed and millions of dollars wasted when managers have high-potential ideas but place them in an organizational context that is not suited to the task”
A minha intuição, o modelo mental que escolhi, é um que coloca os “produtos direccionados” no quadrante superior esquerdo (na posição C).
Será que este raciocínio tem pernas para andar? Será que explica bem o que se passa? Ou há algo que me escapa?