quarta-feira, setembro 03, 2025
As distorções do costume
Mais uma vez um governo vem em socorro de quem não consegue adaptar-se. Agora são os viticultores do Douro, amanhã será outro sector qualquer. E o Alentejo, estupefacto, pergunta-se por que razão a mão visível do Estado decide premiar uns e ignorar outros. A verdade é simples: quando não se deixa o mercado funcionar, introduzem-se distorções que acabam por fragilizar toda a economia.
Como já escrevi, o stress é informação (aprendi com Nassim Taleb). Empresas que não resistem a esse stress dão-nos sinais claros de que o modelo não é sustentável. Prolongar artificialmente a sua vida com subsídios é tapar o sol com a peneira: adia-se o inevitável, desperdiçam-se recursos, e bloqueia-se a entrada de novos actores mais ágeis, mais produtivos, mais alinhados com o futuro.
Deixem as empresas morrer. Não é um drama. É o funcionamento natural de qualquer ecossistema saudável, económico ou biológico. O que é dramático é insistir em mantê-las vivas à custa dos contribuintes e do futuro de quem poderia fazer melhor.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
%2011.29.jpeg)

Sem comentários:
Enviar um comentário