Nunca tive uma miniatura Tamiya, mas namorei-as várias vezes durante a minha infância (nas montras do Bazar Paris).
No NYT (edição internacional) do passado dia 28 de Julho encontrei o artigo "He brought perfection to plastic model kits."
O artigo é sobre a vida de Shunsaku Tamiya — que transformou uma pequena serralharia numa marca mundial de modelos plásticos — é uma poderosa ilustração do impacte transformador que uma pessoa apaixonada pode ter num produto, numa marca, numa empresa.
Uma paixão autêntica pelo detalhe e pela excelência pode gerar produtos incomparáveis, que nem os concorrentes maiores conseguem igualar. As pessoas que sentem o produto vão mais longe do que os que apenas gerem o produto. A obsessão pela qualidade gera uma vantagem competitiva real.
"To make a miniature replica of a Porsche 911 that was perfect down to the shape and placement of the engine, he bought one of the expensive German sports cars... and disassembled everything that could be disassembled."
O que começa como uma obsessão pessoal pode, com consistência e convicção, transformar-se numa marca global com identidade distinta. A paixão cria coerência, e a coerência sustenta a confiança.
"He turned his family's plastic model business into a global brand."
A paixão leva ao estudo profundo. Isto distingue os verdadeiros criadores dos meros copiadores. Quem se importa realmente com o que faz vai mais fundo — e isso vê-se no produto/serviço.
"He visited military museums around the world to research archives and take pictures of tanks, warships and aircraft... then memorized the details, recording them in a notebook afterward."
O mercado recompensa a autenticidade e o compromisso visível com a qualidade. A fidelidade nasce quando o cliente sente que está a comprar mais do que um produto — está a comprar a paixão de alguém por aquilo que faz.
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