O NYT de ontem trazia um artigo, "Citizen Scientists Are Helping to Fuel Ecology Research" que me fez recuar aos tempos iniciais da Quercus juntamente com o GEPFA de Portalegre (acho que era assim que se chamava) e o Centro Ecológico de Lisboa. Amadores a trocar cromos e a partilhar informação sobre observações ornitológicas: Que espécies, quantos casais nidificantes, quantas crias, onde? Até recordo um moço de Lisboa que começou a recolher informação nacional que voluntários lhe enviavam sobre animais mortos nas estradas.
O artigo descreve o crescente impacte da ciência "cidadã", especialmente através da plataforma iNaturalist, no avanço da investigação ecológica e biológica. Observações submetidas por utilizadores comuns têm sido integradas em mais de 5.000 artigos científicos revistos por pares, ajudando a identificar novas espécies, a rastrear alterações nos habitats, a documentar a presença de organismos invasores, e a estudar os efeitos das alterações climáticas.
O artigo destaca que este fenómeno está a transformar a forma como a ciência é feita, tornando-a mais participativa e distribuída. Com o aumento das capacidades dos smartphones, a recolha e partilha de dados naturalistas tem crescido exponencialmente, gerando uma base de dados global com milhões de registos úteis para investigadores de todo o mundo.
Curiosidade: Na Quercus isto acabou por gerar choques entre os "amadores" amantes da Natureza e os "profissionais, académicos de secretária, que nunca iam ao campo mas usavam a informação dos amadores para escrever "papers" sem reconhecerem a sua contribuição.
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