Parte I.
Ainda a propósito de:
Esperar que tudo corra pelo melhor, se "tivermos cuidado", vem na onda do tema frequentemente referido aqui no blogue acerca do locus de controlo.
A maioria das pessoas tem o locus de controlo no exterior, age como uma
folha na corrente. Espera que um papá qualquer lhe resolva o problema. Basta recordar o caso recente dos viticultores do Douro referidos na hiperligação acima, ou da indústria de madeira e mobiliário que tem falta de matéria-prima nacional e age como se isso fosse problema do governo de turno.
Vamos agora ás empresas com gente com locus de controlo no interior.
Vamos concretizar e chamar ao indicador da parte I de "Eficiência operacional". Uma empresa quer passar a sua eficiência operacional de 51% para 60%. O que faz?
Em vez de começar a dar tiros no escuro na esperança de que algo resulte, pode começar por interrogar-se: o que faz baixar a eficiência operacional?
Algumas empresas, não muitas, vão construir uma espécie de diagrama de Pareto para perceber quais os principais motivos na origem da perda de eficiência operacional. Algo deste género:
39% das ocorrências que baixam a eficiênca operacional têm como motivo principal o tempo de paragem por avaria.
Então, quem quer aumentar a eficiência operacional pode decidir, vamos:
- Aumentar a manutenção preventiva
- Comprar máquinas novas para substituir as mais antigas
Lembra um coro de vozes internas horrorizado com a perspectiva!!!
- Então, querem aumentar a eficiência operacional ou querem reduzir custos?
Querem optimizar não um, mas um conjunto de indicadores.
E podem optimizar tudo ao mesmo tempo?
Não, tem de haver trade-offs. Para ser muito bom a umas coisas não se pode ser bom a outras. Se calhar só se pode ser bom a umas, muito bom a outras e, a outras ainda, manter ou esperar o menos mau.
Como saber quais os indicadores que devem ser maximizados e quais os indicadores que devem se subordinar a esses?
Continua.
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