"As exportações portuguesas estão a crescer, e as da indústria transformadora também, mas as do setor-chave da fileira da moda, como o calçado e o vestuário, estão a cair 1,7% e 2,7%, respetivamente. [Moi ici: Interessante como as más notícias voam muito mais depressa que as boas. O tempo que as boas notícias demoraram a chegar ao mainstream... recordar André Macedo em 2008]Nisto tudo há uma coisa em que fico a pensar:
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Mas Fortunato Frederico, o maior industrial de calçado do país, alerta que o setor “precisa de encontrar um novo paradigma” porque o do passado “já não serve”.
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Foi isso que Fortunato Frederico destacou, na presença do primeiro-ministro, quando, na semana passada, inaugurou a sua mais recente aposta: a Overcube, a nova plataforma de vendas online da Kyaia, para as marcas do grupo e não só. Um investimento de um milhão de euros, que permitiu a contratação de 20 quadros “altamente qualificados”, número que deverá ser reforçado até ao final do ano, diz o empresário, com mais oito ou dez pessoas. “O ano arrancou muito frouxo. Antigamente havia crises conjunturais que conseguíamos identificar, agora sente-se que há uma mudança estrutural, mas não conseguimos apontar-lhe verdadeiramente uma causa. Só sabemos que os negócios não fluem como fluíam. [Moi ici: Excelente descrição dos sintomas que sinto] É uma loja que fecha aqui, outra ali, mas não é, sequer, exclusivo de Portugal”,[Moi ici: A evolução do retalho e a ascensão do online]
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“Desde 2010 que a Foreva deu sempre prejuízo. Se fosse um empresário que não tivesse qualquer outro negócio, já tinha falido”, argumenta. E lembra a mudança de hábitos dos consumidores: “É a tal mudança estrutural, as pessoas valorizam muito mais ir passar férias ou almoçar e jantar fora do que comprar sapatos.
[Moi ici: Recordar, "Even the Chinese are tilting a bit from having to being"]E como toda a gente usa é desportivos, esse é o negócio das marcas internacionais, que os trazem da China.” Solução? “Temos de repensar se vamos procurar novos mercados ou se vamos reforçar as equipas naqueles em que estamos”"(fonte)
Perante a erosão do modelo da figura I, estão a querer evoluir para o modelo da figura II. Por causa disso vão gastar um milhão para competir no campeonato das Amazons e Zalandos et al. Aposto que o dinheiro vem de fundos comunitários e, por isso, vai custar menos a gastar. E, por isso, não vão investir em reflectir sobre o desafio que têm em cima da mesa e como podem competir sem ser no mesmo campo das Amazons e Zalandos et al.
Será que gastar 1 milhão é suficiente para fazer o fogo de artifício que deixe o site da Overcube na memória?
Como se compete num mundo de Amazons e Zalandos et al? Criando um mundo alternativo, apostando em Mongo. Em Mongo faz todo o sentido trabalhar um ecossistema, fazer um jogo de longa duração, envolver mais actores.
O que é que o sector tem feito nos últimos anos? Promover a marca Portugal! Como é que isso pode ser usado?
Continua.
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