sábado, fevereiro 13, 2016

Indicadores e BSC

Ainda esta semana que passou me colocaram uma pergunta acerca da temporalidade das metas associadas aos indicadores que se colocam no BSC.
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Na altura tinha dado um exemplo de indicador com meta a atingir no espaço de um ano. No entanto, nada obriga a ser um ano, pode ser uma meta a atingir no longo prazo, embora faça sentido avaliar periodicamente a convergência para a meta.
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Segue-se um exemplo de uma evolução de médio-longo prazo, é para o calçado português. No entanto, podia ser, por exemplo, para a notoriedade de uma marca.
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Como está o calçado português agora? Aqui "Calçado português melhor que o italiano em prova cega":
"O consumidor está teoricamente disponível para pagar 34 euros por um par de sapatos de homem fabricado em Portugal e para despender 31,5 euros por sapatos para mulher. Mas só se desconhecer a origem de fabrico. Quando confrontado com a “nacionalidade” do produto, o mesmo consumidor só está disposto a pagar 27,8 euros pelos sapatos de homem (menos 18,2%) e avalia o par de sapatos de mulher em 25,7 euros (menos 18,4%).
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Numa prova cega, que contou com a participação de 85 retalhistas e grossistas internacionais, o calçado português esteve sempre à frente do sapato italiano, líder mundial neste sector. Os sapatos para homem tiveram uma avaliação, em média, superior a 7,9% e o calçado para mulher foi valorizado em mais 6,4% face aos de origem italiana. Quando os participantes da prova foram confrontados com a proveniência do artigo, o valor intrínseco do produto português diminuiu e o calçado italiano registou um aumento.
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Os resultados desta prova cega permitiram concluir que, em menos de uma década, o calçado português reduziu para metade o défice de imagem face ao italiano, o seu grande concorrente no mundo. “O diferencial de valor do calçado português face aos sapatos italianos, tradicionalmente associados a design e a qualidade, ronda actualmente os 15%, metade do valor que durante anos foi usado como diferença de preço aceitável entre os dois”"
Como estava há 10 anos? Aqui "Calçado tem potencial para exportar mais 320 milhões":
"Há cerca de uma década, igual avaliação no mercado indicava haver “uma diferença significativa, na ordem dos 30%, entre a qualidade intrínseca do calçado português e a qualidade percebida pelo consumidor”. Esta constituía, então, a “mais séria fragilidade” das empresas do setor e levou a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS)  a reforçar, a partir de 2009, a presença em feiras no exterior e a lançar uma série de iniciativas de promoção ao abrigo da campanha The Sexiest Industry in Europe."

Uma estratégia.
Indicadores alinhados com a estratégia.
Metas ambiciosas.
Acção para transformar a realidade de hoje na realidade do futuro desejado.
Monitorização e decisão.

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