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Rápido, pensem numa companhia aérea low-cost bem sucedida ao longo de vários anos de operação. Acham que compete de igual para igual com a TAP ou outra companhia de bandeira?
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Claro que umas não competem no mesmo campeonato das outras. Por isso, seguem estratégias diferentes e valorizam diferentes factores competitivos.
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O mesmo currículo escondido deste postal é o que está por detrás destes rankings de competitividade como o "The Global Competitiveness Report 2013-2014".
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Primeira falha, os países não competem entre si, quem compete entre si são as empresas.
Segunda falha, os factores que ditam a competitividade não são iguais para todos.
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Há dias, o presidente do governo regional dos Açores, vítima do currículo escondido, argumentou:
"O presidente do Governo dos Açores considera que os direitos, liberdades e garantias, no quadro de um despedimento colectivo, são "completamente compatíveis" com a competitividade empresarial, exemplificando com as realidades de países como a Alemanha, Suécia ou França."Como se as empresas portuguesas-tipo estejam a competir nos mesmos mercados, pelos mesmos clientes-alvo com empresas-tipo da Alemanha, Suécia ou França.
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Agora, no Twitter, a propósito de "A portuguesa que manda nos alemães: "A Alemanha tem muito mais proteção laboral e social que Portugal"" o @vicente79 sublinhou:
""A Alemanha é, do ponto de vista das leis, muito mais proteccionista da força de trabalho, porque a empresa é entendida como uma entidade social, até comunitária, que pertence não só aos donos como aos trabalhadores. Há o entendimento social de que os trabalhadores são tão importantes como os patrões. O poder de comissões de trabalhadores e de sindicatos, de facto e no espírito da lei, é muito maior do que em Portugal.Vamos pegar num quadro que costumo usar para mostrar em que é que as empresas se devem concentrar, para terem uma estrutura produtiva coerente com a sua estratégia:
...
A Alemanha tem muito mais protecção laboral e social do que Portugal.""
Será que os factores competitivos relevantes para a produção artesanal são os mesmos que os factores competitivos para a produção em linha?
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As empresas-tipo portuguesas não competem com as alemãs, francesas ou suecas, portanto, é irrelevante comparar Portugal com a Alemanha, a França ou a Suécia. Aquilo que facilita o estabelecimento e sucesso das empresas num país, pode ser perfeitamente irrelevante noutro país, e vice-versa.
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E se Portugal adoptasse um salário mínimo semelhante ao do Luxemburgo, era bom não era? Como evoluiria o desemprego?
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E se os trabalhadores de Beja, ou Bragança, tivessem um salário mínimo menor que o de Lisboa, haveria menos emprego? E se os trabalhadores de Lisboa tivessem um salário mínimo superior aos do resto do país?
5 comentários:
"a empresa é entendida como uma entidade social, até comunitária, que pertence não só aos donos como aos trabalhadores. Há o entendimento social de que os trabalhadores são tão importantes como os patrões"
Parece que é possível que um país tenha este entendimento da organização económica e ainda assim seja altamente competitivo.
Se temos que mudar algo em Portugal, porque vamos copiar os piores modelos do mundo em vez de copiar os melhores?
Boa, saúda-se o seu voluntarismo. Aguardamos ansiosamente que abandone o quentinho do Estado e nos venha ensinar a nós empresários como se faz.
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Muito obrigado.
CCZ,
A Irlanda, como sabe, conseguiu atrair muitas multinacionais através de impostos baixos (a taxa de IRC é a mais baxa da UE) e da desburocratização.
Os países também competem entre si na atração de investimento, principalmente quando estamos a falar de multinacionais que prestam serviços em que a localização acaba por ser irrelevante, pelo que as empresas escolhem os países que mais vantagens lhes trazem..
Touché em parte,
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Embora esse tipo de empresas tenha direito a tratamento especial, atrás dos biombos e no conforto dos sofás e carpetes dos ministérios. Essa tipo de empresas consegue, no nosso país, benefícios, apoios e isenções que fariam corar como uma Vestal alguns velhos empresários de PMEs.
Não sei se têm tratamento especial ou não. O meu comentário tem como princípio a não existência de tratamento especial.
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