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Aqui no blogue critico quem defende a redução salarial como a solução, os adeptos do jogo do "agarra-o-porco", para ajudar as empresas portuguesas a adquirirem uma vantagem competitiva com base no preço. Pode ser útil, pontualmente, para uma empresa em particular mas não funciona para o todo. Quem propõe isso não conhece os números dos outros países:
Aqui no blogue já expliquei várias vezes a treta da conversa sobre a desvalorização salarial alemã, confundem salários nominais com custos unitários do trabalho.
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Aqui no blogue já me insurgi muitas vezes contra os subsídios e apoios que o Estado dá para salvar empresas que o mercado resolve não sustentar.
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Aqui no blogue sou tão crítico sobre a proposta de valor baseada no preço que, às vezes, tenho de sublinhar que o negócio do preço também é honesto e respeitável, ele não é para quem quer mas para quem pode.
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O que nunca fiz aqui no blogue foi dizer que uma empresa não presta!!!
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Se o mercado sustenta uma empresa que eu interiormente qualifico como "sem interesse" ou "sem préstimo", assumo a minha pequenez e calo-me. É muito fácil a quem está de fora, a quem comenta da bancada, a quem não se atravessa, a quem não queima pestanas para pagar a trabalhadores, mandar postas de pescada. Há tantos exemplos de empresas que parecem 5 estrelas e que não duram 5 anos, e de empresas de zero estrelas e que ao fim de 10 anos ainda cá andam sem roubar a ninguém.
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Assim, foi com espanto, que descobri esta intervenção de José Reis, esse desventura sousa santos da economia, e me lembrei de uma frase de Camilo Lourenço esta semana "aprendizes de feiticeiro, com um diploma de economia e que dizem alarvidades".
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A propósito de "José Reis: "Empresas que pagam 400 euros não prestam"":
"o professor de Economia frisou que "não há empresas competitivas a pagar 400 euros" de salário aos trabalhadores.Pena, muita pena! O país perde muito, porque o génio de gestão de José Reis ficou dentro da garrafa... se ele tivesse fundado umas empresas industriais, talvez hoje fosse ele o Steve Jobs...
"Essas empresas não prestam. Nem se vão tornar competitivas a pagar 200 euros", acrescentou durante o mesmo debate, uma organização conjunta do Instituto da Defesa Nacional e da Fundação Eng. António de Almeida."
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Custa-me que uma empresa, com gente que não se acomodou, que não fez o mais fácil, que não aceitou o papel de funcionário, nem se tenha remetido à recolha mensal do RSI, seja tratada assim. Pena que José Reis, com o seu génio para a gestão de empresas não tenha aberto uma, para acabar com essas empresas que não prestam... se não prestam, devem ser fáceis de vergar.
"A Alemanha fez uma desvalorização salarial fortíssima e resultou. Mas aqui não resultaria, o nível de competitividade é outro. A desvalorização salarial é o caminho para a ruína portuguesa", acrescentou José Reis."José Reis deve ser uma espécie de Mário Soares da Economia, estudar não é com ele, basta olhar para os gráficos...
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O trecho que aí vem é paradigmático... ilustra como estes economistas de aviário não percebem nada da vida real, não percebem nada da competição entre empresas, eles que vomitam a palavra competitividade por tudo e por nada.
O economista questionou ainda a sustentabilidade do aumento das exportações registado em Fevereiro, divulgado esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística. "Temos de nos interrogar como os conseguimos. Se calhar estamos a esmagar muita coisa, a começar por custos e margens, e não sei se isso é sustentável", analisou o economista."Portanto, para este senhor a única variável, para seduzir clientes é o preço... é um professor universitário de Coimbra e está tudo dito... "se calhar", ao menos podia pôr uns alunos a fazer uns trabalhos sobre o fenómeno, sei lá, podia procurar perceber o truque de empresas como a EFAPEL...
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Que economistas sairão formados desta escola?
6 comentários:
Clap, Clap, Clap!
Estou genericamente de acordo consigo, mas acho que o "Engenheiro da província" :-) poderá ter exagerado na reação: o que se pretendeu dizer (creio) é que fazer depender o sucesso de um projeto empresarial Português dos salários de 400 Euros é perigoso porque haverá sempre um salário Turco de 200, um Chinês de 100 e um do Bangladesh a 50€.
Lendo-o e conhecendo-o tendo a achar que estará de acordo.
ou estou enganado?
Um abraço
Pedro
PS: partilho a reação epidérmica relativamente aos economistas encartados que debitam banalidades de cátedra sobre a vida real das empresas, que manifestamente não conhecem e aliás desprezam olimpicamente!
Obrigado Nuno
Caro Pedro,
Claro q estou de acordo consigo, mas o meu ponto ñ é esse.
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O meu ponto é, só há uma entidade capaz de classificar uma empresa como "sem préstimo", e essa entidade, é o mercado, um todo que corporiza as escolhas e opiniões de cada um de nós no dia-a-dia.
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Posso não gostar de uma empresa de calçado que só consegue pagar o salário mínimo aos seus trabalhadores, mas essa empresa não escraviza ninguém, nem está fora-da-lei. Se calhar, esse empresário está a dar o melhor que pode e sabe e, por isso, respeito-o muito.
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Se ele é assim tão mau, que venha um concorrente, nacional ou estrangeiro, e expulse-o seduzindo e roubando-lhe os clientes.
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A empresa que paga os 475 € pode não ter futuro, mas no entretanto, está a fazer pela vida. Se calhar, um dia, pode vir a ter uma epifania e descobrir uma forma de subir na escala de valor.
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Obrigado por ter comentado, caro Pedro.
Os números da ITV (Industria Têxtil e Vestuário) permitem estas conclusões!?
Bom dia caro(a) SC, pode elaborar a pergunta, por favor?
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