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Ainda hoje me arrepio ao ler as palavras que transcrevi para este postal "Arrepiante", palavras de quem não conhece a lição de Gause e das suas paramécias que descobri em 2003 e registei aqui em 2006.
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Está tudo escrito há muito tempo, o como comandar a mudança, mas as velhas práticas são difíceis de abandonar.
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Há muito tempo que defendo que qualquer sector, por mais tradicional que seja, pode ter futuro se procurar valorizar as suas vantagens intrínsecas, se procurar valorizar o que o distingue de outros. A tendência descobri-a em 2006 (recordar exemplos aqui e aqui), teorizei-a aqui no blogue por várias vezes (rapidez, flexibilidade, inovação, moda, proximidade, relação, ...), encontrei almas gémeas (David Birnbaum, Suzanne Berger, Abernathy et al), depois, os exemplos vieram de outros sítios (aqui).
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Esta é a corrente que nos interessa como país, a corrente que assenta nos tópicos que o documento estratégico do sector têxtil mencionava.
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Contudo, nos últimos dois anos tem-se acelerado outra corrente, a que referi aqui, agora há clientes do B2B que tinham ido para Ásia e estão a regressar a Portugal por causa dos elevados custos asiáticos...
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Então, agora temos duas correntes a acelerarem, a dos que regressam por causa dos custos asiáticos e a que já vem de 2006 e que é a minha preferida, a que assenta numa revolução no retalho. BTW, claro que a falta de dinheiro também ajuda, é mais barato comprar em Portugal uma encomenda e, depois, fazer encomendas de reposição, consoantes as vendas, do que, ter de encomendar tudo de uma vez, pagando à cabeça, para encher um contentor que vai ter de viajar uns meses no alto mar (as companhias de navegação marítima estão a reduzir a velocidade dos seus barcos para poupar no combustível).
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Um exemplo recente desta mudança de maré aparece no Expresso de hoje:
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"A insatisfação com a qualidade (Moi ici: Duvido que este factor seja relevante), o aumento dos preços nos países asiáticos e a necessidade de produzir séries mais pequenas fizeram regressar à indústria têxtil e de vestuário nacional alguns clientes antigos.
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O presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), João Costa, reconheceu à Lusa que "há um conjunto de fatores a jogar a favor" da indústria nacional, que tem assistido ao regresso de clientes antigos, marcas internacionais, que tinham trocado o 'made in Portugal' pelo 'made in China'.
"Tem-se assistido a uma procura acrescida por algumas marcas que tinham diminuído substancialmente as compras em Portugal e outras que tinham mesmo desistido de colocar encomendas em Portugal", afirmou João Costa"
2 comentários:
Baixar a TSU e o IRC às empresas de certeza que não prejudicaria a sua competitividade !
Completamente de acordo caro Paulo Pereira.
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Repare na sua construção frásica "não prejudicaria a sua competitividade".
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Para muitas não a beneficiaria (não estou a falar de ganhar mais ou menos dinheiro mas de ser capaz de melhor seduzir ou não, clientes).
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Nunca me verá contra a redução de impostos. São uma forma de reduzir as barreiras à entrada de novos actores económicos.
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