terça-feira, novembro 29, 2011

Leiam e reflictam

Os media tradicionais só nos contam desgraças sobre o México. Reparem no que descobri na minha fita do tempo no twitter:
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@ManufactureInMX: Foreign companies invest 670 million dollars in Chihuahua in 1 year
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Por cá, ninguém consegue perceber?
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BTW:
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"Chinese factories hit by strikes amid manufacturing slowdown"
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"Thousands of workers at a massive shoe factory in the southern city of Dongguan last week clashed with police as they marched to a local government office to protest the loss of overtime.
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The strike at the plant owned by the Taiwanese Pou Chen Group came shortly after 18 managers were laid off because of declining orders, according to the Economic Observer, a Chinese newspaper."
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Damn it! Malditos portugueses... as fábricas de calçado portuguesas conseguem estar a produzir e a aumentar as exportações... as fábricas chinesas fecham ou cortam capacidade produtiva.
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Como é que os portugueses conseguem?
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Por isso é que classifico de treta esta entrevista e este racional:
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"“Recuperar competitividade é uma questão central, mas no final são os salários do sector privado e os custos que determinam a competitividade. Obviamente que a contenção salarial no sector público é importante para estabelecer um padrão para a economia, mas não é o sector público que exporta. É o sector privado que tem de competir internacionalmente e vender para fora”, afirmou o economista."
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Esqueçam as exportações: A redução de salários no privado vai ser imperiosa mas para as empresas que vivem do mercado interno, por exemplo:
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"Quanto à intenção de despedir 21 trabalhadores (16 destes da redacção) num sistema de lay-off, a ideia é que estes fiquem a receber apenas dois terços do vencimento por um período de seis meses a um ano, sem garantias de que possam voltar a trabalhar no jornal."
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Por exemplo: "Fecham cerca de 100 empresas por dia no pequeno comércio" in Vida Económica":
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" A conjuntura que vivemos é a mais adversa que alguma vez podia existir. 2010 foi já um ano complicado, com uma quebra acentuada de vendas que atingiu os 40%, e 2011 prevê-se muito mais complicado. A primeira época de saldos já foi má, com muitas queixas e muitas quebras nas vendas e depois vemos um sentimento de insegurança relativamente ao futuro por parte das pessoas que se reflecte na diminuição do consumo drástico, pois as pessoas não sabem o que vai acontecer no futuro e então retraem-se."
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Agora reduzir salários para exportar mais... terá sempre um impacte marginal, por que tirando as empresas grandes que competem pelo preço, as PMEs competem por algo de diferente.
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BTW:
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"In another sign of the impact of Europe's debt crisis and the US economic slowdown on China's economy, factories in southern Guangdong province, the country's manufacturing heartland, have been the target of a recent wave of labour strikes." Não querem rever o diagnóstico?

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"The broad unrest this time is thought to be directly linked to the sluggish state of the global economy, particularly the continuing crisis in Europe, which accounts for just over one-fifth of all Chinese exports." Quanto mais tarde acertarem no diagnóstico, mais tarde podem preparar uma resposta.
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2 comentários:

CCz disse...

http://www.nytimes.com/2013/02/24/opinion/sunday/friedman-how-mexico-got-back-in-the-game.html

CCz disse...

http://www.businessweek.com/articles/2013-06-27/four-reasons-mexico-is-becoming-a-global-manufacturing-power