Olhando para a figura:
É possível detectar ciclos sistémicos:
O ciclo C3 descreve a seguinte estrutura:
Como nos atrasamos na produção das nossas peças -> roubamos tempo disponível para a produção -> o que diminui a capacidade da empresa para produzir internamente as colecções próprias o que:
-> inflaciona os atrasos na produção para os CCP; e
-> promove o recurso a muita subcontratação -> o que aumenta o risco de se entregar peças defeituosas -> o que gera insatisfação dos CCP -> o que leva ao seu abandono -> o que leva, como visto no ciclo C2 a aumentar a influência e peso dos CE.
A par disto a empresa em termos estratégicos quer apostar no mercado das colecções próprias, onde tem uma marca forte e margens muito superiores. O trabalho com os CE fornece liquidez, são clientes que pagam a pronto, mas está em risco de ser tomado por fábricas concorrentes no Leste da Europa, com as quais a empresa não pode competir no mercado pelo preço mais baixo.
Agora, se recolhermos todas as causas-raiz e as combinarmos em grupos mais ou menos homogéneos, encontramos a matéria-prima para o desenvolvimento das iniciativas estratégicas. Ou seja, para melhorar o desempenho do indicador “% da facturação devolvida por atraso na entrega” (e outros, por efeito sinérgico, como por exemplo, o grau de satisfação dos clientes, a taxa de reclamações, …), há que desenvolver acções que ataquem:
- Desviamos os nossos estilistas para o apoio às colecções dos clientes de exportação;
- Não cumprimos as regras internas para número máximo de modelos;
- Não seguimos boas práticas de gestão de projectos no desenvolvimento das colecções;
- Os estilistas não gostam de se sentirem pressionados a cumprir prazos;
- Temos dificuldade em cortar referências da proposta inicial dos estilistas;
- Desenvolvemos muitas peças para jogos de máquinas que não temos;
- Não avaliamos correctamente o potencial dos subcontratados;
- Não damos o apoio adequado aos subcontratados.
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