terça-feira, outubro 13, 2015

A minha aposta: "make local for local"


A propósito da evolução relatada em ""se calhar o essencial é haver mais do que uma voz..." o Bruno Fonseca recomendou-me a leitura de "China's export story is stronger than headlines suggest".
.
Trata-se de um texto que continua optimista quanto à capacidade exportadora da China:
"So, the fear of Chinese exports losing competitiveness is in our view misplaced. The most compelling question for China and indeed, the global economy, continues to be one of demand. Export growth cannot charge ahead when recovery in much of the world economy remains fragile. Once things get back on track, China has what it takes to continue its dynamic export story."
Situando-nos no campo do têxtil e vestuário não sou tão optimista assim. Acredito muito mais na narrativa que há anos desenvolvo aqui no blogue: o poder da proximidade; o poder da flexibilidade; as pequenas séries; e as "52 épocas por ano". Narrativa que encontro em força em "Under Armour's vision for future manufacturing: make local for local":
"a project launching next year to make products in local markets.
...
The long-term goal is for Under Armour products to be made closer to the markets where they're sold, for instance in the U.S. for U.S. consumers, in Brazil for South American buyers, in Europe for European shoppers and in China for the Chinese market.
...
Some apparel companies, in particular, are starting to look at "not mass production, but mass customization,"
...
"Everything we're surrounded with is almost completely mass-produced," Fuchs said. "But modern technology is making it possible to change that and change the economics of production and make it possible to provide customers with uniquely tailored products ... and do that in an efficient way."
...
Making goods locally makes companies not only more nimble in supplying inventory and reacting more quickly to changing tastes, but better able to respond market by market and to customize merchandise, he said."
Quanto aos chineses passarem de produtores a motores de exportação, recordo-me logo das muitas PME portuguesas que fecharam quando as suas prateleiras fecharam, não por causa do preço mas por causa do desaparecimento das prateleiras, quando os centros comerciais chegaram e deram uma machadada no comércio tradicional. Não basta produzir, é preciso dominar a distribuição.


Sem comentários: