sábado, novembro 16, 2013

Somos todos alemães (parte ?)

Há anos escrevi aqui que temos de ser como os alemães. O primeiro postal de uma série com mais de 10 partes foi "Somos todos alemães".
.
Quando a UTAO não percebe como é que os empresários portugueses aumentam os preços e, ainda conseguem ganhar quotas de mercado na exportação, é porque ainda não descobriu o truque alemão.
.
Ontem, via twitter, o @38º enviou-me este texto "In spite of currency disadvantage, Germany competes on brand". Interessante:
"So how does Germany compete so successfully in spite of this currency disadvantage? The answer seems to be that Germany can compete on brand strength even at higher prices.
.
CIBC: - The [euro] strength against the yen will persist, a challenge largely for German exporters as they compete closely in areas such as autos and electronics. However, with many consumers prepared to pay a premium for German engineering, its exports are often less sensitive to price changes.
.
Indeed when compared with its Eurozone peers, German exporters boast the least price-sensitive merchandise."
É seguir o evangelho do valor.

4 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

A estratégia dos baixos preços e baixos salários não é da UTAO, é do Governo PSD/CDS e da troika.

Porquê criticar repetidamente uma obscura unidade técnica e esquecer que é a estratégia de quem nos governa?

ADM disse...

A estratégia dos baixos salários do PSD/CDS/FMI é a correcta para os sectores e regiões que precisam de baixar salários: Funcionários públicos, monopólios e oligopolios da economia não transacionável e região de Lisboa. Toda essa malta, funcionários, fornecedores, beneficiários, necessitam de facto de reduzir salários porque vivem ainda acima das possibilidades. O resto da economia precisa é de continuar a aumentar salários. A empresa exportador em que trabalho vai aumentar salários acima da inflacção no próximo ano.

Carlos Albuquerque disse...

A estratégia do PSD/CDS/troika não é só para sectores seleccionados, é para todos os sectores. É todo um projecto de uma economia de baixos preços. Por isso o FMI vem recordar que os salários no sector privado também devem baixar.

Em contrapartida o PSD/CDS protegem precisamente os "monopólios e oligopolios da economia não transacionável". Vejam-se os cuidados e sensibilidades do governo com as PPPs ou a EDP.

Mas, claro, a culpa é obviamente da UTAO.

ADM disse...

De facto, falta coragem ao PSD, CDS, troika serem frontais e dizerem que os sectores protegidos e respectivas regiões onde são maioritários (Lisboa), tem que reduzir margens, salários e mordomias. Iria criar demasiadas ondas nos poderes e interesses instalados. E assim a mensagem fica difusa. Os afectados protestam, os outros seguem com a caravana. Por isso as greves e os protestos contra a austeridade tem sempre a mesma origem sectorial e regional.