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Chega a ser irónico...
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Os jornais do dia trazem:
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"As empresas privadas que operam em Portugal não vão aplicar aumentos salariais em 2012 e, caso o façam, estes serão “escassos” e avaliados “caso a caso”, indica o estudo salarial anual da consultora Hay Group." (BTW, apreciem a composição da amostra... será representativa da realidade portuguesa? E ainda, será que usam a palavra competitividade de forma adequada?)
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"o economista [Vítor Bento] apontou que “a produtividade leva tempo a produzir efeito”, ou seja, “qualquer acção que se possa encetar leva o seu tempo a produzir efeitos, o que significa que no curto prazo a única forma que temos de reganhar competitividade é através dos custos”
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Durante década e meia a evolução dos salários foi esta:
Enquanto a economia dos funcionários públicos e a dos bens não-transaccionáveis crescia, tinha aumentos salariais interessantes e níveis de emprego cada vez mais altos, a economia de bens transaccionáveis passava um período tormentoso:
- teve de se habituar a viver sem a boleia da desvalorização da moeda;
- teve de encaixar a abertura da UE à Europa de Leste;
- teve de encaixar o tsunami chinês como fábrica do mundo;
- teve de absorver as loucuras dos políticos deste país ("O aumento do salário mínimo nacional deste ano fez com que as remunerações negociadas, em Junho, para cerca de 90 mil trabalhadores do sector têxtil subissem 5,2%") (Recordar "Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador!")
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