segunda-feira, setembro 19, 2011

A inovação que interessa para a produtividade que precisamos

1º Lembram-se das conclusões de Marn e Rosiello?
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Como referimos neste postal, neste outro e ainda neste outro uma coisa é o impacte de se reduzirem os custos, outra são as consequências de se conseguirem aumentar o preço.
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2º Lembram-se da minha proposta de medição da produtividade?
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Em vez de medir a eficiência, a rapidez com que se produzem coisas, proponho que se meça a capacidade de criar riqueza a partir do consumo de recursos (custos):

3º Sendo assim, qual a minha proposta para aumentar a produtividade?
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Se aumentarmos o preço, o impacte na produtividade será muito mais forte do que o impacte provocado pela redução dos custos. Assim, uma aposta na inovação que permita aumentar o valor originado será sempre muito mais eficaz que uma aposta na inovação que permita reduzir custos, ou seja, aumentar a eficiência.
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Esta é a minha receita.
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Por isso, foi super-interessante encontrar este artigo de Maio de 2011, "Innovation and productivity" de Bronwyn H. Hall.
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O autor distingue dois tipos de inovação:

  • inovação no produto; e
  • inovação no processo.
E conclui:
  • A inovação no produto tem um impacte positivo substancial na produtividade das vendas;
  • A inovação no processo tem um menor impacte, ou é nulo ou até mesmo negativo;
  • As empresas aumentam a sua produtividade mais pela deslocação da curva da procura, do que pelo aumento da eficiência da produção.
Confirmação em toda a linha das ideias que defendemos há anos neste espaço e nas empresas.

2 comentários:

ADM disse...

É verdade Carlos, é verdade.

Porem, você tem 2 grandes adversários:

Os economistas portugueses aprendem na faculdade que a economia nacional é «price taker» e não «price maker». Logo aqui o caldo começa a entornar.

Segundo, numa análise fria e racional do comportamento humano, é sempre mais facil intervir no que está próximo, possuimos informação e poder, a eficiencia interna, do que o contrário, a eficiência externa, rentabilidade das vendas. Isto exige ignorar o ERP, a informação dada pelos colaboradores internos e ir para a internet, ter criatividade, reunir informação dispersa, partir pedra até se chegar a uma estratégia, sujeitar-se a não dos potenciais novos clientes de novos segmentos, incertezas e riscos, sobretudo de ser D.Quixote.
Como diria o PA, isto está reservado aos homens da elite.

CCz disse...

Mateus 13, 32
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Toma o seu tempo, mas quando florir...