sexta-feira, julho 25, 2008

O paradoxo da estratégia (parte VII: cenários, futurização e incerteza)

Continuado daqui.
.
Recorrendo ainda ao livro de Ghemawat “Commitment – The Dynamic of Strategy”, começamos com um bom resumo sobre como preparar e utilizar cenários:
.
"Although it is never easy to invent the future, the logic of scenario construction is fairly straightforward. Identify the key uncertainties that will determine the relative attractiveness of the strategic options being considered. Compound these uncertainties in ways different enough to favor different options, and test the resultant scenarios for internal consistency. Iterate until you have a few scenarios that bound the uncertainties and satisfy consistency constraints."

"Once scenarios have been constructed, the next step is to analyze the implications of each one for the positioning-cum-sustainability value of each option. It is also useful, at this juncture, to account for the ways in which the organization’s choice among its options might affect the likelihood of different scenarios coming to pass."
.
Se olharmos, por exemplo, para os próximos 4/5 anos do negócio da educação o que será possível acontecer?
.
Antes de identificarmos as principais incertezas começamos por identificar e compor aqueles factores que estão sujeitos, na nossa humilde opinião, a pouca ou nenhuma incerteza.
.
Identifiquemos então as correntes e ventos que marcarão o futuro próximo:
.
Penso que estes dois mecanismos vão continuar a aprofundar-se durante talvez mais 2/3 anos. O resultado são duas pressões medonhas:
  • uma sobre o rendimento disponível das famílias; e
  • outra sobre o orçamento do estado.
Outro mecanismo a funcionar e muito mais fácil de prever é o da demografia:


No futuro, existirão cada vez mais escolas com falta de alunos!
.
No futuro, as famílias que apostam na educação procurarão escolas que transmitam segurança física aos seus filhos!
.
Agora, passemos à etapa seguinte, o que é um governo futuro pode fazer, para lidar com estas correntes. E o que é que os actores, as escolas, individualmente, podem fazer.
.
Continua.

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso que estes dois mecanismos vão continuar a aprofundar-se durante talvez mais 2/3 anos. O resultado são duas pressões medonhas:

Porquê 2/3 anos? Com base em que pressupostos? E qual o factor(es) do seu esquema é que no final desse período vai inverter a situação?