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quarta-feira, janeiro 22, 2014

Curiosidade do dia

Há tempos, durante uma volta de bicicleta ao final do dia, ouvi mais um trecho de "Future Perfect".
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Ouvi a história da criação da Royal Society for the encouragement of Arts, Manufactures and Commerce (RSA) em 1754.
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Os têxteis ingleses já dominavam pela sua qualidade e superioridade; contudo, para certas cores, vermelho, por exemplo, tinham de atravessar o mar e ir a uma operação de tingimento nos Países Baixos, que tinham a matéria-prima e dominavam a operação e cor.
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Onze homens, preocupados com o problema, resolveram criar um prémio para quem aparecesse com uma solução que pudesse ser aproveitada pela comunidade, para iniciar a produção do corante em Inglaterra. Por isso, no início era conhecida como a "sociedade dos prémios".
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Claro que a solução foi encontrada e abriu as portas para o sucesso do têxtil em Inglaterra.
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Lembrei-me logo das histórias que o Gabriel Silva conta sobre o rol de coisas em que o Porto foi pioneiro em Portugal, por conta dos burgueses da cidade, sem necessidade de dinheirinho do papá-Estado.

sexta-feira, abril 19, 2013

Os crentes no Grande Planeador são uma anedota

Há anos o ministro António Costa propôs fundir a GNR e a PSP. Agora o tema está de volta.
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Lembrei-me deste assunto ao ler as páginas iniciais de "Antifragile" de Nassim Taleb:
"In every domain or area of application, we propose rules for moving from the fragile toward the antifragile, through reduction of fragility or harnessing antifragility. And we can almost always detect antifragility (and fragility) using a simple test of asymmetry: anything that has more upside than downside from random events (or certain shocks) is antifragile; the reverse is fragile."
E ao ouvir, durante um passeio de bicicleta, (o jogging está suspenso por lesão nos gémeos), "Future Perfect" de Steven Johnson. Neste livro o autor conta a história do aparecimento do caminho de ferro em França, l'Étoile de Legrand.
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Enquanto os alemães e os ingleses foram criando a sua rede de caminho de ferro de forma irregular, atrás da procura, atrás dos circuitos comerciais que já existiam, os franceses criaram a sua rede de caminho de ferro à francesa. Seguiram um Plano-mestre desenhado por um grupo de sábios. Enquanto as versões inglesa e alemã não tinham centro, em França tudo saía de Paris. Enquanto as versões inglesa e francesa seguiam percursos irregulares e emulavam as vias tradicionais, em França tudo eram linhas rectas e obras de arte para galgar montes e vales e proporcionar rapidez e eficiência. A rapidez era fundamental, diziam, para levar soldados para uma eventual frente de batalha..
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Então, dá-se a Guerra Franco-Prussiana e os alemães conseguem colocar seis vezes mais soldados nas frentes de batalha do que os franceses. O sistema irregular, aparentemente caótico dos alemães, com as suas redundâncias e ausência de centro, fluía. O sistema francês obrigava tudo a passar por Paris e só tinha uma via para chegar a um destino.
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Os crentes no Grande Planeador são uma anedota.