Recordar acerca da falta de quem recicle têxteis:
Recordar o que está a acontecer ao emprego/desemprego no sector têxtil e vestuário.
E considerar "Estonia to build largest textile recycling facility in Baltics"
Parece que alguém dormiu ao volante enquanto a Estónia pisava no acelerador, não é? Enquanto por cá estamos a discutir como vamos lidar com o tsunami de resíduos têxteis que mal conseguimos recolher, quanto mais processar, os estónios já estão a assinar contratos internacionais e a distribuir tarefas em três fábricas integradas. E, claro, tudo com uma boa fatia do bolo financeiro da UE.
Enquanto as nossas empresas de reciclagem têxtil se debatem com a qualidade duvidosa da "fast fashion" e a ausência de financiamento sustentável, os estónios montam uma operação que vai desde o reaproveitamento de materiais de alta qualidade até à criação de tábuas de construção com fibras sintéticas e plástico reciclado. Parece um sonho logístico. E por cá? Bem, por cá continuamos a perguntar: "De onde virá o dinheiro para os festivais e o fogo de artifício?"
Se o objectivo era aproveitar as metas climáticas da UE para impulsionar a economia local e ao mesmo tempo resolver problemas ambientais, a Estónia deu uma excelente lição.