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domingo, maio 08, 2022

"há anos em que décadas acontecem" (parte III)

Parte I e parte II.

Vivemos tempos em que padrões gerados ao longo de décadas parece estarem a ser rebentados no espaço de alguns meses.


Recomendo a leitura deste texto "Assumptions we need to question now":
"1. BRICS would be exciting sources of global growth

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While the end of the BRICS dominance has been clear for a while (Goldman Sachs shut down its BRICS fund in 2015), any lingering faith in the idea is gone for good.

2. Energy costs would remain fairly stable

Back in 2020 (who would think we’d have a reason to look fondly at 2020???) pundits were predicting fairly stable, even somewhat lower, energy costs.
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3. Inflation? That’s so 1970’s

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Under inflation, cash is king and every mistake gets magnified. 
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4. Cyber-attacks affect other people

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5. “I’m not influenced by Russian-originated disinformation”

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6. Infrastructure will be there and connectivity will be ongoing

It is one of the big negatives of the digital revolution – once you’ve created digital systems, which are marvels in many ways – you are increasingly dependent on them. Digital systems also lead to complexity with the consequence that they behave in far more unpredictable ways. So what is your plan B if some vital piece of infrastructure (water, energy, transport) gets disrupted or hijacked? How will you communicate when the cell towers are down? What will you do when the power goes out for an extended period?

7. Highly optimized supply chains will behave as planned
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As well, how any little glitch anywhere along the complex sets of interactions that bring goods to our doorsteps can throw the whole system into disarray. The problem was already bad before the invasion; it isn’t about to get a whole lot better with disruptions of airspace and communication. ...

8. Politics are politics and commerce is commerce

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9. Countries that trade together don’t go to war

This is an assumption that’s been with us for an enormously long time and has been used to justify the creation of commercial connections, often following conflicts. ...

10. Liberal democracy is the norm"

quinta-feira, setembro 02, 2010

Enredada nas suas próprias palavras

Carlota Perez, a venezuelana que escreve sobre revoluções tecnológicas, em entrevista ao jornal i em Julho de 2009 "Carlota Pérez: a economista que tem a solução para a crise" consegue, na mesma conversa, dizer uma coisa e o seu contrário:
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"O carácter de curto-prazo do capital financeiro prejudica economia. É preciso pensar a longo-prazo em projectos, infra-estruturas, mudanças relacionadas com ambiente e sociedade, e que não serão feitas pelas finanças onde tudo é lucro fácil."
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"A razão para investir em grandes infra-estruturas é criar emprego para aqueles que perderam emprego com a crise. E isso não acontecerá com pequenos projectos. Não se esqueça que estamos no tempo da terapia intensiva, em que a prioridade é salvar o doente."
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Krugman já está numa de "terapia intensiva em terapia intensiva", como Tarzan de liana em liana, o triunfo do curto-prazo.
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Um dia, o mainstream há-de perceber que o emprego não é um objectivo. O emprego é uma consequência. Tal como ao liderar uma empresa privada, o lucro não pode ser visto como um objectivo, o lucro é uma consequência.