Quando olhamos para o contexto actual que molda o desempenho das PME exportadoras portuguesas, deparamo-nos com um conjunto de factores internos e externos que não pode ser ignorado.
Internamente, destacam-se a dificuldade crescente em contratar trabalhadores e a pressão permanente de margens estreitas. Externamente, a lista é mais extensa e, diria, mais pesada:
- Aumenta a dificuldade em exportar para os Estados Unidos;
- Intensifica-se a pressão das empresas chinesas que procuram escoar noutros mercados o que deixaram de vender nos Estados Unidos;
- Reforça-se a concorrência vinda de Marrocos e da Turquia;
- Agravam-se os custos das matérias-primas e da energia.
Tudo isto, e muito mais, cria um caldo propício ao desequilíbrio. O que funcionava até há pouco tempo em termos de modelo de negócio provavelmente já deixou de funcionar.
Perante este cenário, muitas lideranças decidem apostar na melhoria da eficiência, procurando preservar quota de mercado, rentabilizar e resistir a choques externos.
A figura clássica que ilustra a evolução previsível de vendas e margens mostra exactamente isso: apostar apenas na eficiência é prolongar uma vida empresarial cada vez mais limitada, com cada vez menos graus de liberdade.
Qual o meu conselho? Subir na escala de valor!
Recentemente, li um artigo dedicado a empresas tecnológicas, mas que considero plenamente aplicável às PME: "Winning through the turns: How smart companies can thrive amid uncertainty":
""Where to play"— that is, the choice of which markets to compete in-—may be the most important decision a company can make. This is not a one-time decision; instead, it requires constant review and proactive action in response to changing circumstances. For example, in response to growing geopolitical risks and uncertainty, companies in industrials and electronics manufacturing industries are poised to reposition their portfolios to drive resilience and growth.
Our research shows that companies that "switch lanes," seeking opportunities in industry segments with higher momentum, delivered more than double the returns of companies that remained in their existing niches over the past decade. However, making such a switch is a bold move, which perhaps explains why fewer than 10 percent of companies opt to do so."
A lição é clara: permanecer apenas no "nicho conhecido" pode ser cómodo, mas é arriscado. O futuro pertence a quem ousa reposicionar-se, reinventar portfólios e explorar sectores com maior dinamismo.
E na sua empresa? Já pensou em como subir na escala de valor e reposicionar o seu negócio para não apenas resistir, mas prosperar?
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