"The German economy remains reluctant to diversify into new sectors, and so it continues to be dependent on industries that are long past their prime....One of the reasons Germany is missing out on high-tech companies is lack of finance. Germany has more than its fair share of talented researchers. But the financial systems cannot support them....The biggest problem, as I see it, is political selection bias. The state banks were ultimately backward-looking, and not geared towards company start-ups....Like most things in life, the Landesbanken system did not fail in theory, it failed in practice. The defenders of the system argued that the state served as a hedge against excessive risk-taking by private banks. But it was the Landesbanken that ended up taking the most reckless risks."
segunda-feira, fevereiro 24, 2025
O canário na mina
O autor defende que o sistema bancário corporativista da Alemanha, base do seu modelo neomercantilista focado em exportações e na indústria tradicional, [Moi ici: Basta reler o texto do JdN do passado dia 21 de Fevereiro, página 8, "Quanto mais a Alemanha exportar, melhor para Portugal"] entrou em colapso, antecipando problemas futuros na economia alemã.
Historicamente, este sistema dividia-se em três pilares: bancos privados, como o Deutsche Bank e o Commerzbank, bancos estatais (Landesbanken), que apoiavam políticas económicas regionais, e bancos cooperativos (Sparkassen), voltados para o financiamento local, caracterizando-se por ser fortemente estatal e descentralizado, funcionando como um subsidio à indústria. Os Landesbanken, essenciais para financiar sectores como o aço e a energia, eram influenciados por interesses políticos, como no caso da WestLB, que se tornou um instrumento de clientelismo na Renânia do Norte-Vestfália. Na busca por lucros, estes bancos arriscaram em investimentos internacionais de alto risco e, durante a crise de 2008, sofreram perdas enormes com hipotecas subprime nos EUA, levando à dissolução da WestLB em 2012 e ao fim do modelo de finanças públicas que sustentava o neomercantilismo. Este colapso revelou as fragilidades estruturais na economia alemã, como a excessiva dependência de indústrias tradicionais, a falta de investimento em inovação e digitalização e a inexistência de um mercado de capitais eficiente para startups, mantendo o país preso a um modelo do século XX, enquanto nações como os EUA e a China progrediam na digitalização.
O autor compara os Landesbanken a "o canário na mina de carvão", um sinal precoce do colapso do modelo económico alemão. A falência desses bancos revelou as fraquezas estruturais da economia alemã e seu fracasso em se adaptar às mudanças tecnológicas e geopolíticas. Münchau argumenta que a Alemanha não diversificou sua economia e ignorou tendências tecnológicas cruciais, o que a deixou vulnerável em um mundo cada vez mais digitalizado.
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