Esta semana apanhei nas notícias:
- Fábrica que fazia casacos de luxo fecha da noite para o dia (Têxtil de Penafiel despede 120 funcionárias por email na véspera do regresso ao trabalho. Encerramento justificado com falta de serviço) - JN de quinta-feira passada.
- Sapatos aclamados por Paulo Portas nas mãos da banca - JdN de quinta-feira passada.
"A Coloplast, cuja atividade inclui cuidados em ostomia, em continência e urologia, vai investir 100 milhões de euros em Portugal naquela que será a sua maior unidade industrial.Na nova fábrica, que irá erguer em Felgueiras, conta vir a empregar mais de mil pessoas."
Já por várias vezes referi a Coloplast aqui no blogue, um praticante de Mongo na indústria farmacêutica. É uma boa notícia e um exemplo concreto da teoria dos Flying Geese.
Alguns vão dizer:
- Não há pessoas para trabalhar, ainda para mais em Felgueiras, um concelho com pleno-emprego.
A rentabilidade de uma empresa como a Coloplast permite-lhe pagar salários que os incumbentes em Felgueiras nunca conseguirão.
Conseguem imaginar o aumento da produtividade de um trabalhador que sai da costura ou montagem de sapatos, para uma linha de montagem da Coloplast? Sem formação (lerolero ou caridadezinha) que não a dada pela empresa. Recordo daqui:
"Há uma forma rápida de aumentar a produtividade de uma costureira! Basta despedi-la de uma fábrica subcontratada por uma marca para costurar T-shirts e, adimiti-la numa outra fábrica, na mesma rua, que tem marca própria e fabrica T-shirts para vender com essa marca"
Sabem o que isto faz? Contribui para diminuir a dor na transição referida em Falta a parte dolorosa da transição (Parte VI)
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