Muita conversa no palco sobre economia, mas nos bastidores a fuga continua, "Endividamento da economia aumenta para 335% do PIB. Atinge o valor mais elevado de sempre":
"Em março, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 99,29 milhões de euros, para o valor recorde de 802,1 mil milhões de euros, o equivalente a 335% do PIB. Há um ano, esse rácio era de 329%; em dezembro era de 332%."
Recuo a 2013:
"A luz que ilumina também produz a sombra que oculta. Esta não é a primeira crise de dívida da História, mas terá uma resolução mais complexa e demorada porque tanto as taxas de crescimento do produto como as taxas de inflação são agora muito baixas, não favorecendo o resgate da dívida pelo crescimento, nem a desvalorização da dívida pela ilusão monetária. É o paradoxo da luz e da sombra: a dívida que foi contraída para estimular o crescimento é o que se traduz agora em aumento de impostos, em aumento de encargos financeiros e em impossibilidade de crescimento. E não se quis ver que o credor ocupa sem precisar de combater."
ADENDA das 10h30:
1 comentário:
"as taxas de crescimento do produto" (...) "são muito baixas". É certo e natural, a dívida em economia comporta-se como a inércia na física.
Porque é que ninguém apresenta os cálculos do multiplicador de keynes no quadro actual de Portugal? E já agora, atentos os efeitos da lei dos rendimentos decrescentes, não teremos passado já o ponto óptimo em termos de eficiência dos euros empregues? É derivar os pontos da curva e ver onde é que são zero, para poder ver as inflexões, não é nada de esotérico...
Se tivéssemos passado o ponto óptimo criávamos o quê? Inflação?!
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