segunda-feira, junho 29, 2020

Ingenuidade

Há cerca de um mês, no postal "Time compression" escrevi:
"A atenção deve ser concentrada no médio longo prazo. Sempre!
Não é a fazer máscaras e viseiras que as empresas vão ter futuro."
Agora descubro que efectivamente, o sector têxtil nacional andou a perder tempo e a desviar-se do fundamental ao dedicar-se à produção de máscaras. As empresas, como os agricultores, têm de perceber que não existe interesse nacional. São usadas como chiclete quando são precisas e depois são deitadas fora. Não culpo quem o faz, quem as deita fora depois de usadas. É a vida! Culpo quem ingenuamente não percebe que é assim.

No JN de hoje "Quebra nas máscaras atrasa recuperação do setor têxtil" 
"O fabrico de máscaras e outros equipamentos de proteção contra a covid-19 foi um balão de oxigénio para o setor têxtil, mas está a acabar. Com o mercado nacional saturado e as exportações impregnadas de burocracias para a certificação, as encomendas caíram a pique e Portugal já está longe do milhão de máscaras diárias que estava a produzir no início de maio."
Enquanto canalizaram energias, tempo, atenção, para esta brincadeira, não as canalizaram para o essencial do negócio, procurar clientes no negócio fundamental. 

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