A evolução das exportações este ano - números do INE.
Sabem o quanto aprecio aquele "Parcial I" (Julho e Setembro de 2017).
À partida podíamos apreciar a evolução positiva do Parcial I de 16,2% do total para 29,6% do total, mas não enganemos a nós próprios... o Parcial I em valor absoluto caiu mais uma vez e até o Parcial II caiu.
Olhando para a evolução das exportações de automóveis só se pode concluir que continua a fragilização da economia exportadora portuguesa.
BTW, para alguns sectores, como o calçado, 2019 é de encolhimento em cima de encolhimento.
11 comentários:
Interessante. Advingam-se tempos difíceis. Há crescimento nos sectores primário,geralmente comoditizados. Será que corresponde a um aumento do VAB?
Positivo é também crescer onde é necessária alta especialização.
Combustíveis têm baixo VAB
Automóveis, o grosso do ganho não fica por cá, vai para os accionistas estrangeiros
Referia-me ao sector óptico e aeronáutico...que também não deverão cá ficar.
Sim o óptico tem crescido muito nos últimos anos, penso sempre na Leica em Famalicão
O aeronáutico é brasileiro
Também tive os mesmo pensamentos :) mas penso que a Leica tem outra fábrica em Palmela de lentes e há uma marca em Coimbra.
Fábrica da Leica em Palmela não conheço, falha minha.
Quando eu era miúdo, a uns 5 km da aldeia onde nasceu o meu pai havia uma fábrica da Agfa (a minha primeira máquina fotográfica era Agfa). Julgo que desapareceu há anos, não sei se haverá outra ótica na região.
Afinal é da Carla Zeiss https://www.dinheirovivo.pt/empresas/multinacional-zeiss-vai-contratar-em-portugal/
E há a Olympus em Coimbra
a Leica deve ser das menores responsáveis pelo crescimento do sector da óptica em Portugal. entre 2015 e 2018, a faturação da Leica cresceu apenas 5 milhões de euros, quando o crescimento que surge no quadro é superior a 90 milhões.
conheço a GrandVision, em Gaia, que também tem crescido bastante, inclusive estão a contratar.
quanto ao aeronáutico, não sei em que medida em que não está "pendurado" na EMBRAER, mas acho que há mais fábrica ligadas a este sector. algo positivo é que têm surgido fornecedores em Évora, aumentando a incorporação nacional, o que impacta bastante a resiliência da economia portuguesa, embora tal não seja verificável numa análise apenas das exportações.
quanto ao incremento nas vendas de produtos hortícolas, frutas e floricultura, é apenas e só excelente. antes de mais, é talvez o segmento que tem maior impacto no emprego, em particular em meios rurais. além disso, a incorporação nacional é bastante superior à maioria das outras indústrias. além disso, com o aumento da produção, é normal que com o tempo surjam indústrias acessórias, criando novas oportunidades.
mas em geral, nota-se o arrefecimento da economia. começa a haver gente para trabalhar, já não se vê tanta fábrica a ser construída, e os números provam isso mesmo.
Obrigado pelo input Bruno. Peço desculpa, só agora reparei no comentário.
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A evolução mensal homóloga de Janeiro de 2018 a Abril de 2019 no sector da óptica
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