A minha resposta foi qualquer coisa do tipo: o que vejo são resultados para 2017 abaixo das metas mas muito melhores que os de 2016. Assim, talvez seja de concluir que a vossa prática resulta. Pelo menos convosco resulta.
Entretanto, encontrei e li "Stretch Goals and the Distribution of Organizational Performance" de Michael Shayne Gary, Miles M. Yang, Philip W. Yetton e John D. Sterman, publicado online pela revista Organization Science em Maio de 2017. O artigo é um bocado estranho. Por exemplo:
"Second, instead of being evidence that organizations should adopt stretch goals, the small number of successful cases held up as exemplars for the benefits of stretch goals is evidence that stretch goals are not a rule for riches for all organizations.Quase que apetece dizer: Duh!
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Third, the findings inform the issue of setting appropriate goals for specific contexts. In particular, the results show that whether boards or top management should impose stretch goals on their organization depends on their attitudes toward risk. Those with large appetites for risk may still prefer stretch goals. However, for those who are risk neutral or risk averse, stretch goals may not be desirable because the increase in performance variance—including the risk of failure—and the lower risk-adjusted return achieved by the typical organization outweigh the chances for improvement achieved by a few successful high performers.
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Preference for stretch versus moderate goals may also be contingent on the nature of the market. In markets characterized by reinforcing feedbacks, such as increasing returns, that lead to winner-take-all dynamics, stretch goals may prove the only path to success: firms must “go for broke or die trying.” However, in markets where multiple firms can coexist, the risks of failure due to stretch goals may dominate, and the watchword should be “live and let live.”
These arguments show how the appropriate goal difficulty level depends on the context."
Ao longo de 30 anos de experiência a trabalhar com muitas empresas, como cliente, como fornecedor e sobretudo como consultor, sempre tenho encontrado muita variabilidade de empresa para empresa. Julgo que a maior fonte de variabilidade reside nos recursos humanos. Há empresas com que trabalho num dia, em que nunca proporia certas práticas de gestão que recomendei a outras no dia anterior. Diferentes pessoas, diferentes arcaboiços psicológicos, diferentes objectivos pessoais e profissionais, diferentes níveis de abstracção. Em cada caso há que procurar co-descobrir o que é que faz mais sentido para cada uma dessas empresas no contexto particular em que operam.
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