quinta-feira, abril 27, 2017

"despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão" (parte V)

Aproveitei umas horas do 25 de Abril para descarregar uns caixotes de livros no meu novo escritório. A certa altura passou-me pelas mãos um livro que muito me marcou, "Grow to be Great: Breaking the Downsizing Cycle",  e com ele na mão, olhando para a capa sorri e recordei-me de alguns postais com mais de 10 anos.

E foi daquela frase "You cannot shrink to greatness" que me recordei ao ler "If You Think Downsizing Might Save Your Company, Think Again".

Confesso que o artigo me pareceu algo infantil:
"we tested the theory that downsizing could lead to a host of problems that eventually increases the likelihood of bankruptcy.
...
We found that downsizing firms were twice as likely to declare bankruptcy as firms that did not downsize. While downsizing may be capable of producing positive outcomes, such as saving money in the short term, it puts firms on a negative path that makes bankruptcy more likely."
Por que é que estas empresas encolheram? Porque já estavam com problemas!

OK, por vezes regras como o LIFO levam a despedir não com base em critérios alinhados com a estratégia o que não é muito saudável. No entanto, IMHO, pode fazer sentido encolher uma empresa quando ela precisa de mudar de vida, quando uma estratégia deixou de fazer sentido e a empresa tem de se renovar.

E recordo a série "despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão" (parte IV) e a imagem:

Por vezes, encolher é a única alternativa para poder recomeçar.
"What he did was both obvious and, at the same time, unexpected. He shrunk Apple to a scale and scope suitable to the reality of its being a niche producer in the highly competitive personal computer business. He cut Apple back to a core that could survive."
Uma coisa é encolher para sobreviver numa versão 2.0, outra é encolher porque sim, para pressionar aumentos de eficiência.






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