quarta-feira, abril 29, 2015

Acerca do futuro da escola

Convido à leitura de "When the Computer Takes Over for the Teacher".
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Um texto longo onde podemos perceber a vasta panóplia de recursos, de ferramentas que estão a mudar o papel do professor na sala de aula em alguns países.
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O texto começa com uma descrição de um futuro demasiado centrado na eficiência, na uniformidade, para poder vingar em Mongo, a menos que imposto por governos, ou sindicatos, ou como agora está na moda, por tribunais.
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No texto, um professor insurge-se(?), interroga-se(?) acerca de um futuro em construção em que o professor não é mais o expert, o orientador, mas mais um facilitador, um vigia dos equipamentos e dos alunos.
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Não sei se o modelo vai funcionar, ainda há dias um vídeo de Barry Schwartz alertava para os riscos da procedimentação de tudo, que retira a autenticidade do momento, a magia de aprender e o ritmo de cada um.
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No entanto, o que mais impressionou em todo o texto foi o que não está lá... por que é que existem professores, qual a razão da sua existência, qual a sua missão?
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Nem uma palavra sobre o sucesso dos alunos, nem uma palavra sobre os clientes (alunos, famílias, sociedade). E essa é, para mim, a chave de qualquer futuro. A preocupação não deve ser sobre qual é o tipo de professor do futuro, por causa dos professores, a preocupação deve ser o que melhor se ajusta ao sucesso para os clientes.

1 comentário:

Carlos Albuquerque disse...

O que deve fazer mudar o papel do professor na sala de aula não são tanto os recursos. Aquilo que se espera dos alunos é que deve dar indicações sobre o que deve ser o papel do professor na sala.

O artigo salta olimpicamente sobre isto e sugere que a abundância de recursos torna os professores dispensáveis. Ora promessas destas surgem sempre que há qualquer avanço tecnológico. Afinal, por esta ordem de ideias, o aparecimento da imprensa já devia ter tornado os professores obsoletos: o essencial pode ser escrito num livro e distribuído a custos relativamente baixos. Porquê pagar a professores desde que existem livros?

O artigo é bastante imaginativo. No início sugere mesmo que, no futuro, um auxiliar a ganhar 15 dólares à hora, sem treino como professor, é capaz de gerir uma turma de 50 alunos. Pergunto-me qual será a experiência efectiva com jovens de quem escreve isto.

O artigo não parece preocupado com os interesses dos alunos, das famílias ou da sociedade mas sim com o objectivo de dizer que os professores são desnecessários.

Globalmente a educação visa o desenvolvimento das crianças e jovens como seres humanos e para isso ainda são necessários outros seres humanos.