sábado, março 21, 2015

E ninguém que os envergonhe...

Faz sentido que o salário mínimo pago em Penamacor seja o mesmo que em Lisboa?
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Faz sentido que os impostos pagos em Penamacor sejam os mesmos que em Lisboa?
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O que acontece ao emprego e à densidade populacional em Penamacor?
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Agora, imaginem replicar isto a outro nível:
"julgo que é cada vez mais premente este sonho mirífico de uma política fiscal harmonizada. Mas sinto e penso que vai ser cada vez mais importante, nos tempos que aí vêm, para a sobrevivência do projeto da zona euro”.
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Quem o diz é Santana Lopes, em entrevista ao programa Fora da Caixa, da Rádio Renascença"
Mais uma vez repito-me, pena que os jornalistas sejam uns ignorantes e uns cobardes, incapazes de fazer perguntas que envergonhem quem usa o espaço mediático para dizer barbaridades sem contraditório.
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Eu, anónimo engenheiro da província, sem conhecimentos de fiscalidade, faria como o rafeiro, agarraria a perna e não a largaria:

  • como é que funcionaria essa harmonização fiscal?
  • quais seriam as implicações para o emprego nos países periféricos?
  • quais seriam as implicações para o investimento nos países periféricos?
  • acha mesmo que impostos iguais aqui e na Alemanha iam beneficiar Portugal?
Santana Lopes acredita na concorrência perfeita, acredita que o mercado deve ser uma arena em que todos estão em igualdade de circunstâncias.
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Sorry! Peço desculpa por lhe estragar o conto de crianças. Num mercado perfeito quem ganha são os maiores, sempre!
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Nem nos Estados Unidos existe harmonização fiscal!!!
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Os políticos, vide o exemplo desta semana de Costa e da nomeação do governador do Banco de Portugal, lançam postas de pescada sem qualquer estudo ou reflexão digna do nome. E ninguém que os envergonhe...

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