Para começar a semana com pensamento positivo, com a ideia de que já há empresas a pensar num posicionamento estratégico, na diferenciação, em clientes-alvo, de "
Têxteis portugueses querem vestir a China, ou pelo menos parte dela" sublinho:
"Não querem o mercado todo, apontam apenas para alguns segmentos." (Moi ici: Quem são os clientes-alvo? O mercado não é homogéneo, quem podemos servir com vantagem competitiva?)
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"Há na China mercado e marcas à procura de têxteis de elevadíssima
qualidade e de moda", diz a representante, frisando que, como "a China é
um continente", não existe a pretensão de cobrir o mercado inteiro, mas
trabalhar apenas para um segmento.
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Apesar da "oferta têxtil
muito elevada" que existe neste país, a representante da Somelos Tecidos
explica que oferece aos clientes "os trends europeus, a
qualidade, e o design": "Vendemos essencialmente para marcas chinesas de
luxo, luxo, luxo. Temos de estar sempre na vanguarda." (Moi ici: Reconfortante perceber que existem empresas com esta visão pragmática. Sabem que não podem ser boas a tudo, por isso, escolhem um grupo de clientes-alvo com os quais podem fazer a diferença)
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"A estratégia das empresas portuguesas para abordar o mercado chinês é
semelhante: procuram vender sobretudo produtos específicos, orientados
para segmentos de topo muito bem definidos."
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"A flanela portuguesa é um exemplo: "Consideram-na o Rolls Royce da flanela. E estão dispostos a pagar mais", conta."
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"Na opinião de Carlos Bacelar, a China tem uma grande produção de
tecidos, mas "falta-lhes o design": "O que vendemos aqui são tecidos
para camisaria fina com acabamentos muitíssimos bons, coisas
requintadas. O preço não é problema. Vendemos para clientes que pagam
mais para ter este produto sofisticado", garante"
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"No fabrico dos tecidos só usa produtos europeus "com alta qualidade e
design": "Há um segmento que procura qualidade e inovação, e também a
designação e etiqueta europeias", acrescenta. São esses os motivos que
levam os clientes chineses a pagar mais pelo produto português:
"Reconhecem mais-valia no produto. Vêm o toque, a performance do tecido. O facto de terem elasticidade, de serem laváveis. Estes são elementos diferenciadores", acrescenta Ana Vaz."
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"O director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo
Vaz, reconhece que as dificuldades de penetração no mercado chinês são
"imensas": "Configuram uma clara violação ao princípio de reciprocidade
que deve estar imanente no livre comércio, tutelado pela Organização
Mundial de Comércio - taxas aduaneiras elevadíssimas, manipulação
cambial, obstáculos administrativos diversos, destinados a desincentivar
as importações pelo mercado interno, apoio discriminatório às empresas
locais de modo a torná-las competitivas a qualquer custo", enumera por email." (Moi ici: Os "survivors" não se preocupam com os constrangimentos, os "survivors" contornam e fogem dos constrangimentos. É assim que se evolui, fugindo dos constrangimentos, para zonas onde não façam sentido, ou não sejam aplicáveis, ou sejam irrelevantes. Os "condenados" continuam à espera e a reclamar que alguém lhes traga o queijo a que têm direito)
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"Mas o mais importante nisto das feiras é mesmo ir, até porque os frutos
nem sempre se colhem de imediato: "A primeira vez que se vem a uma feira
não se obtém logo resultados. Tem de se ir uma segunda e terceira vez",
diz Rute Madureira, representante da Selectiva Moda, a entidade que
organiza a ida destes empresários às feiras internacionais." (Moi ici: Recordo as palavras de Alberto Figueiredo, empresário da Ímpetus: "As feiras servem para promover, não para vender" e este postal "Feiras e mitos")
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