sexta-feira, maio 04, 2012

Até na agricultura

A propósito do risco, da ameaça que paira sobre o porco alentejano:
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"E ouve-se mais um desabafo de João Rosado: "Há regras, para os produtores, que são muito apertadas e desnecessárias mas, no que é importante, como a fiscalização, ninguém atua." (Moi ici: Aqui o senhor João tem razão, muitas regras sem fiscalização só beneficiam os incumpridores. E, quanto mais regras, sem fiscalização, maior o prémio para quem não cumpre) Quando questionados sobre que medidas se deveriam tomar para inverter este processo, (Moi ici: Agora vem aí uma resposta que só ilustra porque é que a nossa agricultura não progride mais. A incapacidade dos produtores assumirem como seu dever, como seu trabalho, como sua responsabilidade, aquilo que qualquer fábrica que quer ter um futuro tem de fazer) as respostas saem rápidas: atuar a nível do mercado para valorizar o que se produz, (Moi ici: Por que é que os produtores não apostam no marketing da sua exploração ou, por que não se juntam e apostam no marketing da sua fileira?) melhorar a eficiência das explorações - produzir mais e melhor -, baixar os custos de produção (Moi ici: E isto, depende de quem? Por que não trabalham com consultores agrícolas? Por que não trabalham com empresas fornecedoras que tenham este know-how? Por que não trabalham com escolas agricolas sobre estes desafios?), da parte da tutela, uma norma nacional que regulamente a comercialização do produto e respetiva designação. (Moi ici: E por fim, tipicamente português, começa a frase a dizer que há demasiadas regras e acaba a mesma frase a pedir mais regras...)
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Quem opera na agricultura nunca sairá da cepa torta enquanto não assumir um locus de controlo interno e agarrar o problema como seu. Até na agricultura é preciso pensamento estratégico!!!
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Trecho retirado de "O fim do porco alentejano?"
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