sábado, fevereiro 25, 2012

Incoerência!

Às segundas, terças e quartas, atacar a política de Alberto João Jardim na Madeira como despesista e insustentável.
Às quintas, sextas e sábados, propor exactamente a mesma política para o continente:
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"É altura de o Governo criar um plano nacional do emprego"
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O que é que um Governo, seja ele qual for, sabe sobre emprego sustentável?
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Olhando para o gráfico:
Aposto que descubro onde é que o "plano nacional de emprego" devia concentrar a sua actuação... 
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atacar o top 6 da criação de desemprego:
  • actividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio;
  • actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares;
  • administração pública, actividades de educação, saúde e apoio social;
  • electricidade, gás e água, saneamento, resíduos e despoluição;
  • construção;
  • comércio, manutenção, reparação de veículos automóveis e motociclos.
Estes são os seis sectores onde o desemprego mais está a crescer. Olhem bem para eles... o 1º, o 4º e o 5º têm a ver com a bolha imobiliária. O 2º e o 3º têm a ver com a bolha de recibos verdes no sector público: universidades, escolas, hospitais, ... O 6º tem a ver com a bolha do crédito fácil para compra de veículos ...
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É para estancar o crescimento do desemprego aqui que tem de existir um plano nacional de emprego? Mais uma auto-estrada Porto-Lisboa? Talvez uma SCUT?
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O primeiro gráfico mostra o caminho. O crescimento negativo do desemprego, o emprego está a ser criado na indústria... por que é que os encalhados da tríade nunca falam disto?
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Faz-me lembrar 2008 e 2009 na Assembleia da República... às segundas, terças e quartas discutia-se o aumento do salário mínimo nacional, às quintas, sextas e Sábados discutiam-se os apoios ao sector têxtil. Literalmente!!!

2 comentários:

CCz disse...

"Por isso é que é doloroso, e até preocupante, ouvir vários protagonistas políticos – do Governo às associações empresariais e aos sindicatos – dizerem que têm planos para aumentar o emprego. Não há planos centralizados para aumentar o emprego. O que tem de existir urgentemente são acções de requalificação, inspiradas nos países ou nas experiências empresariais com sucesso.

O sucesso em matéria de finanças é muito mais fácil. Basta saber fazer contas, ser disciplinado e aplicar uma dose sensata de engenharia financeira, apenas para ganhar tempo. Criar valor, gerar emprego e crescer é muito mais difícil. Do Estado, que é como quem diz o Governo, espera-se apenas que não complique nem desperdice dinheiro a fazer planos para criar emprego. Faça o seu papel, qualifique as pessoas nas escolas e destrua regras que não servem para nada. Mais do que isso é criar ilusões ou destruições."

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=539935&pn=1

CCz disse...

http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---politica/seguro-marao-governo-obras-esclarecimentos-tvi24/1328490-5796.html

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Vila%20Nova%20de%20Gaia&Option=Interior&content_id=2327798