terça-feira, agosto 23, 2011

Hollowing (parte III)

Talvez em 1996, não tenho a certeza, fiz alguns trabalhos para o CITEVE. Penso que nessa altura o CITEVE estava a trabalhar com várias PMEs têxteis portuguesas na certificação Oeko-Tex(R).
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Eram empresas que trabalhavam para as grandes marcas e que tinham de ter esta certificação para poder fazer parte do lote dos potenciais fornecedores.
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Depois, a China aderiu à OMC e as grandes marcas, em vez de apostarem no valor, apostaram na redução dos custos acima de tudo e, emigraram para a China.
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Muitos anos depois, acontecem coisas destas:
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"Vestígios de substâncias químicas tóxicas, suscetíveis de afetar os órgãos reprodutivos de seres vivos, foram detetados em produtos de catorze grandes fabricantes de vestuário, anunciou hoje a Greenpeace em Pequim."
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"Entre as marcas colocadas em causa por esta organização não governamental (ONG) de defesa do ambiente figuram a Adidas, a Uniqlo, a Calvin Klein, a Li Ning, a H&M, a Abercrombie & Fitch, a Lacoste, a Converse e a Ralph Lauren.

A Greenpeace comprou em 18 países várias peças de vestuário destas marcas, fabricadas na China, no Vietname, na Malásia e nas Filipinas e posteriormente submeteu os têxteis para análise."
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É por causa de coisas como estas que acredito que muitas marcas tornaram-se ôcas, vão a caminho de serem carapaças com muitos cosméticos, é o hollowing, é a radioclubização...

Depois, vêm como aristocratas arruinados protestar contra as marcas da distribuição...

3 comentários:

CCz disse...

http://economico.sapo.pt/noticias/encontrados-produtos-toxicos-no-vestuario-de-14-grandes-marcas_125112.html

CCz disse...

Nem de propósito http://www.1to1media.com/weblog/2011/08/in_brands_we_trust--or_not.html

Mais um texto sobre o hollowing das marcas

O (des) progresso disse...

Há varias formas de olhar para uma peça antes de comprar:
1. Olhar para a "marca"
2. Olhar para a peça, apreciando a calidad, materia prima, acabamentos e já agora local onde foi fabricado.